sexta-feira, 30 de abril de 2010

O ciúme lançou sua flecha negra... por Mariana Chetto


Tenho pouco a contribuir sobre este tema. Já não tenho este sentimento há algum tempo... Pelo menos não desta forma arrebatadora, tresloucada. Não que eu seja a mulher mais controlada do mundo, aliás, pela apresentação que Bia fez de mim, num dos primeiros posts deste blog (Paixão a flor da pele), seria impossível dizer que sou do tipo controlada. Sinto sim, algumas vezes, se vejo alguém cobiçar meu “rapaz companheiro” , um certo ‘pavor’ de imaginar a minha vida sem ele. Mas o medo vem, sobe até o peito e quando dá o famoso nó eu respiro fundo, e consigo fazê-lo se dissipar. Tenho plena consciência que este controle só é possível pela relação que construí, ou melhor, construímos ao longo de 16 anos de convivência.

Obvio que nem sempre foi assim. Já me descabelei, gritei, chorei e fiz todo tipo de cena. Graças a Deus, nunca em público. Quer dizer... Lembro-me de uma vez que eu empurrei uma “possível rival” no chão (risos). É isso mesmo: empurrei a coitada no chão. Por favor, me dêem um desconto: eu já tinha 19 anos, é verdade, mas era uma boba quase que completa...

Claro que posso dizer também que o ciúme faz um mal danado tanto para a ciumenta como para a relação. Creio que todo mundo sabe disso, mas infelizmente saber não ajuda em muita coisa, ou melhor, até ajuda, porque pode ser que o primeiro passo para tentar entender o porquê deste sentimento tão feroz e destruidor, seja, exatamente, saber que ele não faz bem a ninguém. Como Alba, também não acredito que nenhuma dose de ciúme seja boa. O que é bom, ainda como disse Alba é “o cuidado comigo e com a relação”. Aliás, tenho que abrir um parêntesis aqui: se você é um ciumento contumaz o texto de Alba sobre o ciúme é simplesmente IMPERDÍVEL!

Creio que não haja dúvida de que o ciúme é fruto da insegurança. E é exatamente neste ponto que meu ciúme acabou. Tenho total segurança na minha relação. Meu casamento é absolutamente morno. O que?! Morno? Que horror! - dirão alguns. Mas é esta temperatura o segredo do nosso sucesso. Morno pode significar para alguns sem graça, mas para mim é o ponto ideal. Morno não é frio, temperatura em que nada acontece; também não é quente, temperatura em que tudo dói e machuca. Morno é aconchegante, equilibrado, amoroso... FELIZ! Até porque para uma “apaixonada” como eu nada melhor que uma relação onde tudo é calmo, tranqüilo, em paz... É com meu “rapaz companheiro” que mais facilmente encontro esta sensação que é meu principal objetivo: estar em paz.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

"Entenda que o meu coração tem amor demais meu bem e essa é a razão do meu ciúme, ciúme de você" Por Carla Palmeira

Que sentimento é esse que rasga lentamente cada pedacinho do seu ser, sangrando em uma hemorragia sem fim e que cega, que abre os canais lacrimais, que dissemina raiva, dor, confusão mental. Já tive o desprazer de sentí-lo, de tê-lo e foram um dos piores momentos vividos, dá vontade de quebrar tudo que vem pela frente, inclusive a cara do “fulano” (risos), senti tanta dor que parecia que eu estava sendo virada pelo avesso, depois que cheguei a esse nível, parei!
- Faz mal para mim (pensei alto olhando para o meu reflexo no espelho).
Pelo menos meu casamento de sete anos rendeu excelentes frutos de aprendizado, muitos infelizmente pela dor, mais foram os mais intensos e inteiros. Foi aí que me dei conta, o ciume é bom em parte, concordo em dizer que pode ser “o tempero do amor”, quando em dose aconselhável, se não ele pode salgar de uma forma que trava na garganta e não há liquido que alivie.
Nunca fui de fazer escândalos, sempre reprimí esse sentimento, mesmo sabendo que podia torna-lo um câncer, depois comecei a trabalhar isso em mim, sentia o ciume e falava, escrevia e foi assim que fui dosando, mais antes de chegar a esse controle passei por “maus bocados”, fiz muita besteira, a inexperiência tem dessas coisas.
O ciúme deve ser tratado como um inimigo, mantenha ele longe mais em seu campo de visão, nunca nas suas costas para evitar surpresas desagradáveis e sempre poupe o outro, a insegurança é que traz o vizinho indesejado.
Confie em você!
Releve os seus medos e aprenda com os erros anteriores, somos mutáveis e o outro também...aproveite isso.

VIVA! RECOMECE!

Já estou recomeçando e você?

O Ciúme... por Alba Querino





O ciúme corrói... essa é uma verdade. É verdade por causa da experiência, não da teoria. O charme não faz parte do ciúme, mas do cuidado comigo, com o outro, com a relação. Se a gente traz esse cuidado com a relação, isso é charmoso e alimenta. Mas não o ciúme. Assim: percebo meu amado sendo assediado ou assediando. Se consigo honestamente dizer a ele que isso mexe comigo, me faz sentir a minha insegurança, perder o senso, sentir raiva porque não queria descobrir que estou insegura; tristeza por imaginar ser abandonada, passada para trás, ficar sozinha, ter meus sonhos de ‘felizes para sempre’ destruídos, e o que for mais... Se consigo trazer isso para mim e minha realidade, ao invés de jogar no outro, na outra, no mundo, me responsabilizo, confirmo ao outro o meu amor (ainda que inseguro) e me expresso. Dificilmente isso se torna uma questão de distanciamento no casal...

É bem sutil a diferença. O ciúme é jogar no outro a responsabilidade de nossos sentimentos e emoções. O cuidado é a expressão de mim mesma, tomando para mim a responsabilidade da coisa. Eu não acuso, eu me entrego. Eu não controlo, eu perco o controle desnecessário. Eu não julgo, eu me compreendo, me torno compassiva comigo mesma.

Fácil. Não. Um exercício diário.

O Veeresh, uma cara lá da Holanda, terapeuta fabuloso, criador da Humaniversity tem uma frase que é ‘You are Loveable!’. Todo o seu trabalho é em função de nos fazer acreditar, acreditar não, sentir, sentir profundamente que ‘I AM Loveable!’. E o ciúme é filho desse sentimento muito comum a todas nós: de não se sentir amável, ou amorável, numa tradução daquela frase. Sentimos ciúme porque não nos sentimos amáveis, passíveis de amor por quem realmente somos. E tudo, tudo que mais precisamos, se formos honestas de verdade, é de Amor. Simples assim: Amor. Amor, AMOOOOR.
Amor do papai, amor da mamãe, da titia, do amigo, do chefe, do filho, do marido, do namorado, do cachorrinho, do Mistério. Amor.

Um monte de coisa acontece na vida e quando a gente se vê crescida, TPM, cá estamos nós sem muita firmeza de que realmente merecemos ser amadas. Aí, surge o medo do outro não estar realmente amando esse ser não muito amável. Aí, vem a tentativa de assegurar nem que seja amarrando na cabeceira da cama, a pão e água, o objeto de nosso ‘amor’. Amarra, persegue, grita, investiga, morre por dentro, afasta...e o resto quase todo mundo já sabe...desde as mais discretas que se corroem por dentro até as mais insanas que ameaçam implodir o concreto das cidades com suas cenas de ciúme. Mas também tem as desconectadas. Essas dizem não sentir ciúmes, e não sentem. Não sentem nada. Nem o ciúme, nem o amor. Estão falsamente serenas, distantes de si mesmas e de qualquer coisa que reine entre o útero e o coração, passando pelo estômago. Possuem uma frieza estranhas essas criaturas. Aliás, não possuem.

Ah, Alba! Você está afirmando que não existem mulheres não ciumentas de verdade? Sim, existem...as mulheres que já sabem que são amáveis, loveable, como bem nos relembra o Veeresh. Aquelas que ao sentir essa insegurança vindo, subindo pela alma, sabem que isso pertence a elas mesmas e se expressam no relacionamento se responsabilizando por esse sentimento. E se elas percebem que não existe amor, mas um joguinho entre os amantes que nãos e entregam de verdade, então elas partem para outra, que na verdade é partir par si mesmas e para essa clareza de serem amoráveis. E mais importante ainda, essas mulheres sabem que o amor é completamente selvagem, dinâmico, mas isso já é assunto para outro post!

Então, para terminar, para a gente se lembrar sempre do que a gente precisa mesmo, vai uma musiquinha aí?! All we need is Love! Tudo que a gente precisa, nesse mundo, é Amor. E uma TPM sabe disso! Não é Carlinha, Maricotinha, Adriana e Bia? E...do jeitinho da gente, a gente sabe disso...

Ciúme, possessividade ou você só quer “chamar de seu”?



Com 39 anos, aprendi que quanto mais ciúme , mais você afasta a pessoa de você. Sempre existe um ranço que fica, eu sei. Só que é seu papel deixar isso de lado..porque, definitivamente, ciúme envenena!


Claro que um certo ciuminho até é charmosinho, é gostoso de ver isso. Mas controle é bom e ...ninguém tem. Em sua maioria. Conheço sim pessoas super desapegadas de tudo. “ Eu? Ciumenta? Jamais...coisa mais sem nexo”. Se você for observar pode ser que pegue essa criatura na mentira: ninguém dá a mínima bola para o seu par. BUT, se for real a coisa, o mundo dá em cima da pessoa e a criatura nem liga, eu simplesmente invejo.


Como boa escorpiana assim como meu Quindim (Mariana), sou uma ciumenta original de fábrica. Não estou falando aqui que Quindim é ciumenta...ela que tem que dizer, mas que é escorpiana, é! Há tempos luz, eu já fui possessiva de matar. Nem eu me agüentava. Acho que toda escorpiana passa por isso. O ruim é quando você deixa isso te engolir de uma forma tal que tudo se atropela e complica no seu caminho.


E como lidar? A insegurança está instaurada na sua alma? É por isso que existe o ciúme? O que é exatamente o ciúme? Eu não tenho idéia...será que vivo em insegurança? E insegurança é o quê? Falta de fé em si mesma? Ain, aí já começa a piorar e muito a situação que, no começo deste texto, era um mero ciúme...tsc, tsc. Existe um livro espírita que fala disso. Esqueci o título, lógico! Mas não estou na onda de novela nem de filme, sempre adorei o kardecismo e lembro de ter lido...


Conto com a opinião de cada uma das TPM’s e principalmente com o seu comentário. Sim, você que sempre passa por aqui...Já sabemos que ciúme não é uma coisa legal. Nem pra você que corrói tudo por dentro, nem para seu par que acaba se afastando conforme for a intensidade do seu ato louco e escandaloso de ciúme...quase um ciúme “Cher” de tão espalhafatoso!


Meninas, falem!


Adriana Favilla


segunda-feira, 26 de abril de 2010

Shuuuu!!!! O Peixe morre pela boca - Por Carla Palmeira



Humm.

Diferente de vocês, queridas companheiras, não falo quase nada. Adoro observar a duplinha Quindim e Drix, para quem não sabe são as TPM Mariana Chetto e Adriana Favilla, elas conversando parece uma partida tênis, bola pra lá, bola pra cá, dá até tontura de tanta rapidez kkkk.

Conselhos?! Vocês vão me ouvir dizer a clássica frase..."Você que deve decidir, pois é somente você que vive essa situação..." risos

Terapia?! Coitados! Já tive momentos de passar a terapia TODA sem dizer uma palavra, apenas revirando meu baú de lembranças e pedindo aos deuses que o terapeuta obtivesse o poder de ler o que se passava em mim...em vão rsrsrsrsrs

Tenho uma dificuldade imensa de falar de mim, dos outros ou de nós...aprendi muito a dizer o que penso, a proteger os limites, a adocicar as críticas, sou extremamente política, acredito que ouvi muito o conselho de minha mãe..." Você tem uma boca para falar menos e dois ouvidos para escutar mais..." e assim que vivo e sobrevivo.

No profissional?! Aí foi a superação que mais doeu, quebrei a cara diversas vezes para poder começar a repensar sobre o meu silêncio, melhorei! Falo o que penso, dou opiniões baseada na experiência obtida e sou ouvida, cresci bastante neste âmbito, um pouquinho de política estudantil, discussões acirradas e uma boa dose de "agora já foi" tornou-se o famoso "eu falo o necessário".


domingo, 25 de abril de 2010

Eu não falo como a nega do leite. Eu sou a nega do leite!!!! ou Peixe morre pela boca... por Alba Querino

Muito prazer.
E como a própria, eu compreendo perfeitamente a sua situação Maricotinha...Vim para falar, ops!, para escrever sobre essa ‘falacice’ toda, essa abundância de ksldvkmkjfjdiofjifbndçlkkpso... de idéias, de sentimentos, de insights que dançam, dançam e quase não podem esperar, pululam na boca, saltam pelos olhos, rolam pela língua sem que possamos fazer nada, a não ser catar as letrinhas no final, se o resultado foi um tanto...digamos assim, momento de suspense no silêncio do outro (claro que não o nosso. O nosso vem depois!). Pronto, a bomba explodiu, aliás, falou...

De cá do meu leite, eu digo que isso é realmente impiedoso, às vezes, com a faladora contumaz, mas não há alma no mundo que não reconheça o humor agridoce que a gente tem. A rapidez de raciocínio, a alegria intensa e, para mim, a característica mais importante: a sinceridade. Sim, somos sinceras. Honestas com a gente e com o outro, tanto que não dá nem para censurar a fala. Não dá pra passar o bip, e logo, ops! Saiu... Fazer o que...

Não chega a ser uma falta de educação, uma franqueza massacrante, tem um charme nessa veracidade do pensamento-discurso-ação... Primeiro: é simples. Segundo, a mentira não vem, cara! A mentirinha, o disfarce não vem na mente.

Quer saber quando estou muito triste, chateada, surpresa? Quando estou sem palavras. Ponto. É comovente quando me encontro assim.

E não é que andamos por aí soltando verbo, sem respirar, sem escolher destinatário e sem parar, feito sopa de letrinhas fumegante (lá vem a comida juntinho com as palavras). Não, falamos muito, mas falamos para quem se dispôs a ouvir, quem está ali, perto, olhando, quase pedindo! Sem saber exatamente o que vai sair dessas boquinhas falantes mimosas.

Aqui, falo da língua desenrolada, falo até da inocência de quem fala e de todos os mal-entendidos que podem vir depois...das conseqüências cármicas!! É, cármicas, profissionais, religiosas, amorosas...é uma situação essa conversa sem fronteiras, sem disfarces!

Será que temos realmente que fechar a boca, ou o mundo está tão acostumado à máscara da boquinha silenciosa que não se compromete, não opina, não se posiciona? Será que devemos fazer uma triagem e esconder os nossos verdadeiros sentimentos para sermos mais agradáveis aos outros? Será que? Será?

Não basta saber falar, há que se saber escutar. Há que saber quando interromper e se deixar ser interrompida, inclusive. E além do mais, o silêncio é precioso. Quando uma nega do leite lhe der o seu silêncio, meu amigo, minha amiga, aí, sim, tá na hora de bem nos escutar! O resto é churumela, que eu nem entendi direito esse meu texto, politicamente incorreto, sem eira nem beira, uma ‘escreveção’ só! Ah, além de falar muito, invento palavras, ok? Tá dito.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Peixe morre pela boca by Adriana Favilla



Ou precisarei de bem mais que ”fisioterapia”? Esta frase foi ótima! Adorei! Quilos de risos.. Falar demais, depende muito do jeito que se vê a coisa. Eu sou bipolar demais com relação a isso. Por vezes AMO conversar, por outras “ Fora! Calado!” . Sempre são situações que não me avisam anteriormente.

Há anos luz de Darth Vader, eu falava alucinadamente. Me sentia quase um alucinógeno ambulante de tanto que falava, gesticulava e montava painéis na mente para interagir com os demais. E nesta leva, como Mari, me arrebentava no lado profissional. Falava que fulano era chato mesmo, que beltrano era falso e assim ia. A situação foi que de repente, me dei conta (em uma puxada de tapete magistral que tive) de que limites podiam ser adequadamente inseridos na minha verborragia ilimitada.

Existe aquela velho e certíssimo pensamento (quem não sei de quem é...não me exijam bibliografias mentais) : “Se a palavra é prata, o silêncio é ouro”. Imagino que a vida sempre ache um caminho de nos ensinar tudo de pertinente para nosso aprendizado terreno. E comigo não foi diferente. Falando o que vinha à cabeça, sem limites, sem freios, me puxaram o tapete e me vi no chão frio. Sem muito a quem ou como recorrer, fui me levantando aos poucos. Em pequenas passadas...e me recuperei com uma linha forte passada à agulha na metade da boca.

Metade por que? Porque sou uma pessoa que fala mesmo tudo que acha, sente e pensa...só que agora completamente “decorado”. Consigo falar “velho, você é um saco” de uma forma doce quando preciso. No âmbito profissional eu falo...aliás, estou me referindo só a ele porque na vida pessoal, so sorry! Sempre vou falar, vou berrar, vou gritar e vou falar o quê penso a amigos ou ao meu amor...da forma mais simples que eu imagine existir: by Adriana...
Então hoje, penso que falar demais pode sim nos colocar em situações complicadinhas até para sairmos depois. Só que esse tipo de aprendizado (fechar a boca sempre que necessário), não acho que as pessoas nos ensinem. Como quase tudo, precisamos aprender na real, no tranco. Se minha mãe me fala que carambola vai fazer mal para minha diabetes e eu continuo...é porque quero aprender lá na frente que carambola realmente arrebenta minha diabetes...no hospital eu vou refletir melhor.

Obs.: Eu não tenho diabetes..rsrs..Só veio este exemplo verídico à minha cabeça. Sim folks, carambola é alimento proibido para quem tem esse problema.

Adriana Favilla



Peixe morre pela boca...


Não. Este texto não é sobre o fato de que como assim um pouquinho demais, he he he.

Este texto é sobre um outro defeito - defeito?! Não, não gosto desta palavra - sobre uma outra característica minha: falar demais (será que tudo em mim é demais?!). Bom, eu, definitivamente, falo mais que, como dizia minha avó, ‘a nega do leite’.

Todo mundo que me conhece sabe disso. Todo mundo que me conhece já foi interrompido por mim, porque tenho o terrível hábito de atropelar a fala dos outros com a minha "bendita" língua. Eu juro que tento não fazer isso. Juro! Mas quando penso que estou melhorando, pombas!!! Olha eu fazendo de novo.

Não sei qual explicação para isso: será ansiedade, prepotência, carência? Sei lá. O fato é que a principal vítima da minha língua sou eu mesma.

Falo demais e por isso falo o que não devia e geralmente e obviamente isso quase sempre me coloca em situações, no mínimo, pra lá de embaraçosas, ou pior, situações que atrapalham de verdade a minha vida. Profissionalmente mesmo, aff!! Nem sei quantas vezes saí perdendo por falar demais...

Queria muito aprender a manter a minha língua dentro da boca e creio que este aprendizado passa por entender, compreender porque falo tanto, ou não? Será que basta eu continuar tentando, exercitando? Ou precisarei de bem mais que ”fisioterapia”?

Mariana Chetto

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Para perguntas perenes, resposta perene ou Dúvidas perenes tem data de validade? por Alba Querino

Para perguntas perenes, resposta perene:

EU NÃO SEI.

O que eu sei, é que esses ciclos, essas perguntas que existem dentro de mim, por cima de mim, do lado, bem lá embaixo, fazem com que eu me reinvente todo santo dia, todo insano instante...E vou me descascando como uma cebola, algumas questões parecendo respondidas, outras sendo realmente respondidas (as mais superficiais), outras nem tanto...e eu vou me espantando, no sentido mais socrático, nessa aquarela que vai surgindo enquanto vou olhando essas perguntas todas indo e vindo, ficando e desaparecendo na minha frente. Mas na verdade, se elas acabam, se elas somem, se as respostas que encontro, respondem...Eu não sei.

Eu me lembro uma vez, em viagem com um grande grupo de amigos ‘buscadores’, gente que viajava para meditar juntos, para se explorar nessas perguntas abissais, aconteceu um acidente muito interessante: nós fomos a uma cachoeira, lá na Chapada Diamantina, linda, alta, dava para ver lá de cima o abismo, o horizonte. O cara do caminhão que nos levou quis, gentilmente, nos deixar na beira da água...íamos na boleia...Pois bem, meditamos, entoamos o OM SHANTI OMMMM, coisas lindas aconteceram, paz se apresentou para cada um de nós, maravilhamento com a beleza da natureza. Chegando a noitinha, hora de voltar para a pousada. Subimos no caminhão e...nada. Atolamos na gentileza do caminhoneiro, coitado! O caminhão não saia dali como jumento empacado. Carrega, empurra, quarenta pessoas pacificamente relaxadas, tentando desatolar! Noite na mata, só os vagalumes e os sons da chapada. Lá pelas tantas, resolvemos caminhar o curso do rio, o caminhoneiro gentil nos guiando. Passamos por mato, por água, atravessamos riacho, sentindo o chão, sem enxergar muita coisa. No instinto e perdendo o medo, perdendo as perguntas abissais...Não havia nada além de sentir o chão, e caminhar. Nenhuma garantia também. E foi uma das experiências mais transformadoras de minha vida. Quando percebi que, realmente, a vida é viva, selvagem, inesperada e cíclica mesmo. Paz meditativa se seguiu de instinto de sobrevivência, que se seguiu de felicidade profunda ao tomar uma sopinha às duas da manhã, no quentinho da pousada, todo mundo sem conseguir dormir de tanta adrenalina e alegria de simplesmente estar de volta ao lar.

As perguntas? As perguntas são um truque para a gente se reinventar nos momentos mais vivos – nem sempre os mais alegres – da vida da gente! A terapia é ótima para abrir um espaço de reconhecimento das nossas perguntas (poder enxergar as cores da nossa aquarela lá em cima) e preparar para o silêncio. O silêncio é o espaço, nessa busca pela resposta, de se deleitar com a paz da ausência das soluções, e de repente, até das perguntas. Mas, no entremeio, a gente vai se divertindo e se reinventando com as fictícias respostas loucas para aquilo que para mim não se respondeu, mas é FENOMENAL! Essa viagem cíclica é fenomenal, não é? Faz você mais quietinha, mais observadora e mais sensível! Nesse momento você não é a mais terna, poderosa e moderna? Sensível (vulnerável e aberta), pacífica (paz é poder) e reinventada, nova (mais moderna, não pode...).

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Você está no controle! (hehehe) ou Texto de Auto-ajuda ou Dúvidas perenes tem data de validade? Por Bianca Chetto

Como estou na fase da ‘aborrescência’, estou sempre lidando com perguntas super complexas do tipo “quem sou eu?”, “o que é o mundo?”, “por que estou aqui?”, “pra que serve o dever de casa?”... E quando eu cansei de perder o sono pensando sobre as mesmas coisas, (tudoaomesmotempoagora) eis o que aprendi: Prioridade. Tento pensar nas minhas duvidas de um jeito prático, definindo critérios básicos de classificação (lol):

1. Essa pergunta tem uma resposta?

2. Eu quero mesmo saber a resposta pra essa pergunta?

É claro que esses critérios só funcionam se eu repito pra mim mesma as seguintes equações: “perguntas sem resposta + noites sem dormir = insanidade mental” ou “respostas indesejadas + noites sem dormir= insanidade mental²” e o mais importante “insanidade mental = péssimo”.

Infelizmente (ou felizmente) sempre aparecem aquelas dúvidas que fogem a todos os critérios... Elas têm uma resposta, e você realmente quer saber essa resposta. Ou o mais comum: você se convenceu de que quer saber essa resposta. Aí temos um problema. (para adolescentes = drama; para adultos = crise.) Quando isso acontece comigo (drama - risos), eu preciso de tempo. Pra mim a simbologia é importante, então eu tento construir um ‘ritual’. Primeiro eu seguro essa dúvida, deixo ela presa, sufocada, lá no fundo e espero o momento certo. O momento certo pra mim é aquele tempo que eu posso reservar pra pensar só naquilo, sem ser interrompida. Então eu vou à praia, sozinha. (ou para algum lugar que represente aquele dilema, algum lugar que me acalme) Ás vezes eu escrevo, geralmente eu escrevo. E então eu penso. Eu penso o tempo que for necessário, mas sem me esquecer que eu não posso pensar naquilo pra sempre.

E então, quando eu encontro uma resposta eu me levanto, agradeço (a Deus, a mim, a quem quer que seja) e volto pra minha vida normalmente. O mais importante é que você precisa aceitar a resposta que você encontrou. Quando se tem uma duvida por muito tempo você se acostuma com ela, e às vezes, mesmo já tendo a resposta, continua pensando na mesma coisa. Depois que eu encontro a minha resposta, a dúvida continua aparecendo por um tempo, uns dias, e eu simplesmente escolho pensar em outra coisa. Só assim a dúvida, que é como um cachorrinho mimado, percebe que não adianta mais latir.

Ah, Bianca, então você está dizendo que as perguntas existem por um tempo definido? Não. Algumas dúvidas sempre voltam procurando novas respostas. O que eu posso, e tento, fazer é controlar o tempo que eu gasto pensando nessas perguntas.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Duvidas perenes tem data de validade? Por Carla Palmeira

Quando vi essa pergunta não tive dúvidas...sem trocadilhos (risos).

A resposta é não, elas nos acompanham sempre para que possamos testar as possíveis respostas, abrir as portas erradas, errar mais uma vez para ter a certeza de que tentamos.

Quando remexo o meu baú de recordações essas dúvidas pulam como se fossem aquele palhacinho insano da caixinha de presente, inicialmente um susto acompanhado de um medo e desespero que toma conta do seu corpo e logo o meu semblante muda, bate uma angústia que só um ombro amigo pode aliviar. Terapia?! Sou muito desconfiada, já tentei algumas vezes, preciso confiar para poder abrir minha vida.

Pois é Dri, lido com essas dúvidas como um livro de consulta, abro quando elas insistem e persistem na perseguição desvairada de uma mente vazia e depois do choque, paro, respiro e coloco-a diante de mim, traço as possibilidades, e continuo meu caminho, se houver solução subo as cordilheiras com menos peso, se não, uso da paciência para conviver e aceitar do jeito que está, porém sem cair na inércia.

Acredito também que tudo tem uma razão de ser, estar e existir, se as dúvidas estão aí é pela simples razão de estarmos sendo submetidas a escolhas, sejam elas boas ou ruins, isso só saberá quando o resultado vier.
Então, as minhas dúvidas, felizmente ou infelizmente, não são produtos perecíveis, sem prazos de validade.

Coelho cor de rosa cantando "My sweet lord" ou Dúvidas perenes tem data de validade? por Mariana Chetto

Não suporto expectativa. A indefinição me sufoca a tal ponto que a minha vida pode até parar. Canso de dizer a todos que para mim não há nada pior do que não saber, não ter respostas... A ansiedade em definir para poder seguir adiante é insuportável. Definitivamente não sei andar sobre caminhos obscuros, indefinidos. Tenho que saber qual é a situação, dar contornos ao meu mundo para continuar...

Então, Dri, sabe o que faço diante das dúvidas perenes, aquelas que nunca se vão?

Eu as respondo. Todas elas. E, embora estas dúvidas possam ser realmente constantes, as resposta variam de acordo com o momento ou situação. Vou explicar melhor: eu crio as respostas. Imagino, leio, escrevo até encontrar uma resposta adequada, sacou? É louco, eu sei, mas funciona comigo 100%. E quando as respostas que criei não servem mais por ‘n’ razões, eu crio outras, adequadas à nova situação...

Se coelho cor de rosa usando óculos e bota, cantando "My sweet lord" for o fim daquela angústia que não me deixa em paz, SIM, com certeza haverá um coelho em cor de rosa, de óculos e de bota cantando "My sweet lord" bem alto e bem forte para espantar todos os fantasmas.

Palhaçadas , a parte, mas a verdade é que pouco me importa se as respostas possam parecer loucas ou incoerentes. Pouco me importa se elas não têm comprovação científica. Elas podem não ter sentido para os outros mas têm pra mim e o que importa é que elas devolvem a minha paz, minha serenidade. E, em minha opinião, conservar a minha paz é o melhor que posso fazer por mim e pelos outros.

Mariana Chetto

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Dúvidas perenes tem data de validade?


Acredito , e muito, nos ciclos pela vida. Sejam eles felizes ou dolorosos, sempre tem o seu porquê. BUT, não é porque eles existem, se complementam, giram e rodam a nossa vida que algumas dúvidas somem. Não sou uma pessoa indecisa para maior parte das coisas, mas tenho lá minhas dúvidas...aquelas abissais que mais parecem uma incontinência urinária tamanha a falta de controle que tenho sobre elas.


Este final de semana estava pensando exatamente nisto: terapia, amigos, silêncio, Teresópolis, o quê realmente pode nos ajudar a chegar à resposta de tais dúvidas..ou quem sabe _ melhor ainda _ conseguir uma resposta para elas? Por vezes são tão bestiais para muitos, mas para nós, mulheres que pensam e repensam e revivem e renascem dia após dia, são O caos.

Tenho interrogações cruciais em vários “departamentos” da minha vida. Me sinto quase um funcionária pública nesta hora. Sei que ainda tenho que amadurecer, aprender, abrir outros caminhos. Quem sabe toda esta “função” pode vir a matar 80% delas. Estas dúvidas, me tornam uma pessoa sensível além da conta, observadora por completo e quieta.

Como adoro o programa “Saia Justa” na GNT e to me achando super no contexto, fica a pergunta para as outras quatro TPM’s daqui: Vocês lidam bem com aquelas dúvidas que não tem explicação em livros? Elas existem por tempo indefinido ou tem tempo de validade? A pergunta não é só para as TPM’s oficiais. E sim para todas que passarem por aqui e curtirem este universo todo misturado que montamos.

Adriana Favilla


domingo, 18 de abril de 2010

Meu mundo perfeito por Bianca Chetto



Quando sonho com um mundo diferente desse aqui, sonho com um mundo de pessoas menos egoístas. Com menos egoísmo, um sistema que supervaloriza pedaços de papel não seria admitido e surgiria uma nova dinâmica social. Um nova dinâmica social diminuiria a desigualdade, a violência, e a corrupção. Uma nova dinamica social educaria a população com base em valores éticos e morais, de forma que o cidadaõ seria estimulado a ser mais e não a ter mais.

No meu mundo perfeito deve haver discórdia: A perfeição está no equilíbrio e não na ausência de defeitos. Se todos os homens concordassem em tudo, as diferenças desapareceriam, e então a humanidade não passaria de uma massa homegenea ocupando espaço. O que muda é que, num mundo perfeito, as desavenças seriam resolvidas sem violência, talvez alguns palavrões para os mais esquentados... mas nunca se perderia de vista que cada indivíduo tem o direito de fazer suas próprias escolhas.

Eu poderia escrever um livro inteiro sobre o mundo que eu desejo para os meus filhos, sobre o mundo que eu sonho em construir... Mas principalmente, o que preciso dizer é isso: O meu mundo perfeito é construído por menos discurso, mais ação, menos ignorância, mais vontade, menos egoísmo, mais tolerância.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Meu mundo perfeito por Mariana Chetto

Meu mundo perfeito é azul. Tem cheiro de terra molhada e gosto de café com biscoito amanteigado. Tem um rio no fundo do quintal fazendo barulhinho pra passarinho acompanhar.

Meu mundo perfeito tem sessão de cinema às 5 da tarde em plena quarta-feira e não tem domingo, com ou sem Faustão no ar.

No meu mundo perfeito forró é sinônimo de Luis Gonzaga, pé de serra e dois pra lá, dois pra cá. Não tem guitarra, bateria e sei lá mais o que pode-se querer colocar no perfeito som do trio - zabumba, triângulo e sanfona a tocar.

No meu mundo perfeito todo dia é dia de viajar e minha casa é qualquer lugar onde haja coisas para se ver e gente para conversar.

No meu mundo perfeito não tem pagode baiano e que me desculpem os pagodeiros de plantão; não é nada pessoal, mas decididamente no meu mundo perfeito mulher não é “cachorra” e não “desce remexendo até esfregar o chão”.

Meu mundo perfeito tem gargalhada de criança e chorinho de bebê, mas eles dormem a noite toda, desde o primeiro mês, e nunca, nunca acordam de madrugada querendo brincar.

Meu mundo perfeito tem sempre alguém gritando mãe, pedindo colo e se aninhando nos meus braços até cochilar. Aliás, no meu mundo perfeito colo de mãe é sagrado e todo mundo, todo mundo mesmo tem direto a ter um pra chorar...

No meu mundo perfeito tem dias de chuva pra ficar na cama abraçadinho com quem se ama. Quietinho. Coladinho. Só vendo o tempo passar.

No meu mundo perfeito a gente pode comer de tudo sem medo de engordar. Gente bonita é sinônimo de gente feliz e ser feliz é uma decisão a se tomar.

No meu mundo perfeito sempre há tempo para jogar conversa fora, comer brigadeiro de colher, assistir Cocoricó com os filhos, ler livros e mais livros, ver sessão da tarde, novela e noite de luar.

O meu mundo perfeito tem um rapaz companheiro, uma mãe divinal, um pai protetor, duas irmãs cúmplices, dois sobrinhos amorosos, alguns amigos leais e dois filhos celestiais.

E para terminar; meu mundo perfeito não teria, em hipótese alguma, limite de linhas, e eu então poderia escrever sobre ele até toda vontade acabar.

Meu mundo perfeito por Alba Querino

Dirijo, olho o mar, procuro meu mundo perfeito. Começo a tecer o texto inúmeras vezes, as memórias aflorando. Pois é! Meu mundo perfeito caiu.

Sensação estranha, frustrante, incômoda. Só então, a liberdade que foi deixar essa perfeição cair! Ai, que alívio! Olho o mar de novo. E as flores em Salvador, até parecendo primavera, todo mundo florindo! O mundo perfeito é o que aí está. Que aí É. Tão paradoxal, com seus terremotos, sua fome, suas gripes, suas guerras santas. Seus dias 11... É que a miopia da gente não deixa ver a perfeição na imperfeição.

É uma explosão de cores, coisas acontecendo ao mesmo tempo! Um turbilhão de desejos sendo pensados, sentidos, nesse mundo enorme! É uma flor se abrindo, uma criança perguntando, construindo suas idéias. São milhares de pessoas olhando o sol se pôr aqui, e outras vendo o sol nascer do lado de lá... Gente descobrindo quem é verdadeiramente, a que veio nesse mundo. O lado feio iria se dissolver rapidinho...

Ah... meu mundo perfeito seria todo mundo usando o óculos da beleza pra mudar o foco da visão e se espantar com a perfeição que já existe.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Meu mundo perfeito por Carla Palmeira



Idealizamos, desejamos, imaginamos e sonhamos com lugares perfeitos para viver.
Que hipocrisia! Nem em contos de fadas se consegue um mundo perfeito, claro que os finais são utópicos e tendencialmente felizes, mais não são perfeitos e mesmo assim tenho que relatar que em profundos e intrínsecos sonhos tenho um mundo perfeito. Idealizo dias melhores, onde poderemos andar pela rua tranquilo, sem medo de ser abordado pensando que vão levar nossos pertences, desejo que as pessoas tenham menos pré conceitos e que estejam sempre de “peito aberto” para aceitar o que é diferente, o que é imperfeito e o que os olhos não vêem mais que o coração pode sentir, imagino um lugar sem pessoas miseráveis, onde todos terão uma ocupação, sejam eles condenados em um presídio, sejam eles loucos em um hospício, sejam eles pobres, de classe média, ricos, famosos ou pessoas no anonimato, imagino governantes dignos da sua posição, imagino o respeito mútuo em uma sociedade mais justa pois aqui nesse mundo restarão apenas nossos legados, imagino o aproveitamento de todos os recursos sejam eles naturais ou criados pelo homem.
Ah! E os sonhos? Sim! Sonhamos, sonhamos muito e é de sonhos que construimos nossos passos, nossas edificações, nossos alicerces, nossa vida, deve-se sonhar sempre, é nos sonhos que o possível e o impossível andam de mãos dadas, onde tudo é válido e passível de erros, é nos sonhos que damos injeção de ânimo as nossas frustrações para que se transformem, asas a nossa imaginação para que voem longe, brilho ao nosso Sol interior para que ilumine as ideias e irradie bons fluidos aos que estão ao nosso redor.
Depois de tantas fases ruins, de tantas experiências em tão pouco tempo, de lágrimas com dor, de rompantes de felicidade, momentos de tristeza, ganhos e perdas, tenho a consciência que o meu mundo perfeito é o imperfeito do mundo e que apenas um par de lentes cor de rosa fazem a diferença em dias cinzas.

E o mundo perfeito da Adriana é....


Lembram daquelas figurinhas (quem é da minha idade, claro) do Amar É? Aquele casal safadinho e peladinho que todo mundo achava lindo e romântico...bem Adão e Eva dos anos 80. Me lembrou essa frase..” O amor é...”, “ Meu mundo perfeito é...” Mariana chegou a esta idéia de primeiro post. Eu , agitada que sou, já queria falar da candidatura da Marina Silva. Vem Mari (usarei o prenome, Quindim para me referir à ela) e me diz: vamos falar de como seria nosso mundo perfeito. Sim, sim...Quindim é o doce maior e sem democracia alguma deste blog. Eu sou apenas um Casadinho sem muita força (risos).

Mundo perfeito é um pensamento perigoso. Diria, periclitante. Em uma cabeça de uma escorpiana, tudo que é perfeito pode ser hedonista. Hoje, com meus 39 anos e limitadíssima a 30 linhas (ordens de Quindim), aprendi que vida, mundo perfeito (whatever) é sempre aquele momento que dou um sorriso interior maior que o Maracanã. Não preciso de tanto para sorrir interiormente. Cheguei à conclusão que enxergo como 100% um mundo que me dê carinho, respeito e atenção. Não, não sou um bebê Jhonson, mas por que acharmos estranha essa necessidade de conforto interior? Não abro mão disso.

Minha sensibilidade é absurdamente clara e estampada para quem lida comigo. Como minha grosseria também. Só que é uma balança domesticável. Eu danço conforme a música que tocam para mim. Sou muito "reativa". Sendo assim, minha conclusão permanece: meu mundo perfeito é aquele no qual consigo sentir por todos os meus poros carinho, respeito e atenção. Ok, ok...não posso esquecer que the world perfect tem que ter adendos : chocolate, livros, filmes que valham à pena, blogs, vinhos, queijos e tudo mais do meu pequeno mundo hedonista!


Adriana Favilla

terça-feira, 13 de abril de 2010

Paixão à flor da pele

Mariana Chetto por Bianca Chetto


Tentei escrever milhões de coisas sobre Mariana Chetto, e não saía nada. Foi quando percebi o meu erro, e passei a tentar escrever sobre tia Mari. E aí, o amor de sobrinha escreveu um texto que é talvez, o texto mais inocente que já escrevi e parece ter saído da criança que eu ainda sou. Sem mais delongas, tento explicar pra vocês a delícia que é tia Mari.

Tia Mari é apaixonada. Tia Mari é apaixonada por ritmos, por sabores e principalmente, por palavras. Tia Mari é apaixonada pelo filho, pela filha, pelo marido, pela família. Tia Mari é apaixonada por café e pela poesia da vida simples.

Tia Mari já fez curso de inglês, cerâmica e se formou em administração. Já morou na Chapada, foi dona de pet shop, fez lanche pra passeio turístico, e acabou voltando a Salvador. Foi - e é - feliz fazendo de tudo um pouco porque sua paixão está em fazer alguma coisa.

Quando tia Mari se apaixona ela fala alto, se levanta e gesticula porque a paixão é tanta que ela não consegue descrever só com palavras, então seu rosto inteiro acende e você sente que não tem nada mais apaixonante que a paixão de Tia Mari. Cada paixão é parte dela, é uma idéia, um sonho; cada paixão é uma lembrança. Por isso, quando ela se apaixona é pra sempre.

Tia Mari as vezes fica triste. É sinal de que uma paixão se quebrou. Aí ela chora, suspira e escreve. E quando escrever não é suficiente, ela sempre encontra outras palavras que parecem ter sido escritas pra ela. E então os pedaços das paixões quebradas se juntam e formam uma paixão ainda maior.

Pois é, Mariana Chetto é assim: sente a vida a flor da pele, e quando gosta se apaixona. Quando cai, vai se curando aos pouquinhos, reunindo palavras e abraços, e se levanta. Mariana pensa nos outros, faz sempre mais do que pedem à ela e quando alguma coisa não sai do lugar ela rebola, corre atrás, e de repente tá tudo funcionando.
Mariana é mãe, mulher, irmã, filha, tia. E ela reproduz tudo que ela é naquilo que ela escreve.

Não deixe de conhecer o universo apaixonante de mais essa mulher TPM.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Menina decidida, doce mulher...

Bianca Chetto por Alba Querino

Eu que sou uma dinda de coração, fiquei de apresentar a caçulinha de nós todas, sem crises de idade, mas muitos mergulhos lindos na alma... Oh, menininha que chegou quando eu nem era nascida mulher, e hoje, já (já!!) estou eu aqui apresentando essa menina mulher caçulinha...Ai, que dá prazer em meu coração!

Pois bem, Bia é essa moça que quer crescer mais em centímetros, mas já é muito grande nas idéias, nos sentimentos, na atuação. Quando pequena ela dizia que iria ser atriz. Depois, Direito. O que não deixa de exigir os seus talentos. É uma mocinha-mulher de opiniões bem claras. Discreta e de sorriso fácil, herdou a beleza das mulheres de sua família em todos os sentidos... e é por isso que eu, mil desculpas Ivana, me sinto uma madrinha de coração, de Direito e quase de fato!

Corajosa como o quê, danada de sabida, como a gente diz bem baianamente. E é sim, porque viajou, fez reflexões lindas sobre o mundo, as pessoas, o amor, as coisas do espírito e as coisas da gente quando quer pintar os cabelos de um jeito meio estranho lá beirando os 20. Por isso, fico 'viajando' no jeito doce dela que pode ser bem moderninho e bem ancorado, bem maduro também... É doce a menina, mas tem respostas bem impactantes desde sempre. É CDF sem perder a rebeldia suave, esperada. Thanks God! Afinal, ser ousada na medida certa é um show!

Assim é Bianca em meus olhos, uma primeira filhota que levei para as festas de final de semestre na Acbeu (e minha amiga Jô, sua mãe, confiava!): doce ousadia, inteligência nova, fresca, beleza delicada. Uma flor que a gente vê desabrochar olhando sutilmente a suavidade do seu movimento. Ai Bia, quando vi, foi assim que você se apresentou pra mim... e sejamos bem vindas as mulheres ternas, polivalentes e modernas!

sábado, 10 de abril de 2010

Entre e fique a vontade...

Alba Querino por Mariana Chetto

Alba Querino para “este mundo”. Shantam Upchara para o “outro mundo”. Bal para mim.

Conheço-a desde criança. Afastamo-nos durante muitos anos, é verdade, mas como certas pessoas simplesmente permanecem para sempre em nossas vidas, eis que ela surge no momento mais difícil... Não sei se ela sabe o quanto foi importante para mim. Suas palavras (mais uma vez as palavras!) foram bençãos para meu coração desesperado por consolo, compreensão, compaixão, pela 'experiência do olhar'...

Sua capacidade de não julgar as pessoas, de as deixar livres para serem o que querem, ou melhor o que são, é uma casa de portas abertas nos convidando a entrar e descansar; a retirar todas as máscaras e finalmente sermos quem somos.

Alba é assim, intensa, amiga apaixonada e pura espiritualidade. Sua conexão com o divino, com o transcendental é direta sem intermediários e isso me assombra e me causa inveja. Não a inveja do tipo ruim, mas aquela que simplesmente deseja, um dia, poder se igualar.

Quando perguntada sobre o que é a vida. Sua resposta: A vida é.

Uma mulher que não espera ser aceita, mas se faz aceitar, que não pede amor, mas sabe se fazer amar, que não acredita em certo e errado, mas sabe que toda ação gera reação, que consegue ver o mundo perfeito em sua total imperfeição...

Assim é mundo de Alba Querino. Entre e sinta-se a vontade.

De Lagarta à Borboleta

Adriana Favilla por Carla Palmeira

O que dizer de uma carioca tão baiana quanto eu?
Única que conseguiu me presentear com chocolate azul (risos), de sorriso fácil e de uma inteligência contagiante conquista aqueles que encontra por suas jornadas.
Escorpiana com todos os predicados que este signo do Zodíaco a permite ter e ser. Transmutável, despreza o mesquinho, discreta até fazer-se notar, não se move, desliza, tem o poder da percepção, acredita no que sente, seja amigos, família ou amores à entrega é total, 100%.
Na balança, os pesos e as medidas são as mesmas, intuitiva e sempre pronta a ajudar, verdadeira no olhar, no coração e nas palavras.
Uma mulher visionária e empreendedora. Quem ela gosta, se doa, se permite, cuida, e em diversos momentos adota o sublime papel de mãe.
Assume os seus sentimentos, indagações, aflições e medos.
Sim! Por incrível que pareça essa mulher tem medo de voar e a sua vida é a ponte aérea Rio de Janeiro – Salvador – Rio de Janeiro, às vezes vôos direto e às vezes sofrimentos em escalas, vai ver que é aí o segredo do sucesso de superar-se a cada passagem aérea emitida.
Persuasiva como toda líder, vende suas ideias sem brechas para duvidas.
E assim o mundo de Adriana Favilla se forma, toma forma e transforma...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Sensibilidade na lente, na poesia, na maternidade e na vida...


Carla Palmeira (a tatuagem) por Adriana Favilla


Percebi que meus textos mais intensos, saem da necessidade de atravessar duas horas em um avião. Sim, tenho pânico! E resolvi falar de Carlinha nesta hora. Com certeza, a minha sensibilidade está afloradíssima e, por isso, aguçada. Capaz de rolar até alguma lágrima do meio pro final do texto...

Para muitos Cau, Carlinha ou Palmeira, é uma das pessoas mais fáceis para se falar. Ledo engano. Penso que das pessoas mais sensíveis e amigas que conheci, não consegui retirar uma expressão contundente e que dissesse a que veio. Por não saber me expressar dentro do universo que estas pessoas me proporcionavam . E com certeza, Cau é uma delas.

Para ser fotógrafa ela tem que ter sensibilidade? Sim! Para ser mãe? Muita! Para se revelar um oásis de palavras e pensamentos misturados em textos e poesias? Bastante. Pronto: fez-se Carla Palmeira! De uma mistura intrínseca de paixões, sentidos, sensações (em sua maioria demonstradas), de beleza interior e exterior, de uma mistura de café com vinho, surge uma menina mulher de 1,60 e alguns centímetros a mais. Mãe, fotógrafa, poetisa, amiga, companheira.

Neste momento vocês me perguntariam: “Oras Adriana, só elogios? E onde estão as características ruins fáceis de encontrarmos em qualquer pessoa ? “ Sim, ela tem TPM. Ponto. O que posso fazer se convivo com ela há quase 2 anos e nunca vi nada além? No máximo, ela restringe todo o papo que poderia se prolongar por várias horas a um cordial “ Tô meio sem saco hoje”. Esta frase , vinda de Cau quer dizer “ Por favor me deixe só aqui remexendo no meu baú de memórias”... E assim a deixamos.

Sorriso aberto, lente sensível, escrita emotiva...não tenho mais o quê dizer desta mulher que pinta suas saias, adora o Rio Vermelho e acha graça em tudo que não é feio pela vida baiana...

Sejam bem vindos ao mundo de Carla Palmeira!