quarta-feira, 21 de abril de 2010

Você está no controle! (hehehe) ou Texto de Auto-ajuda ou Dúvidas perenes tem data de validade? Por Bianca Chetto

Como estou na fase da ‘aborrescência’, estou sempre lidando com perguntas super complexas do tipo “quem sou eu?”, “o que é o mundo?”, “por que estou aqui?”, “pra que serve o dever de casa?”... E quando eu cansei de perder o sono pensando sobre as mesmas coisas, (tudoaomesmotempoagora) eis o que aprendi: Prioridade. Tento pensar nas minhas duvidas de um jeito prático, definindo critérios básicos de classificação (lol):

1. Essa pergunta tem uma resposta?

2. Eu quero mesmo saber a resposta pra essa pergunta?

É claro que esses critérios só funcionam se eu repito pra mim mesma as seguintes equações: “perguntas sem resposta + noites sem dormir = insanidade mental” ou “respostas indesejadas + noites sem dormir= insanidade mental²” e o mais importante “insanidade mental = péssimo”.

Infelizmente (ou felizmente) sempre aparecem aquelas dúvidas que fogem a todos os critérios... Elas têm uma resposta, e você realmente quer saber essa resposta. Ou o mais comum: você se convenceu de que quer saber essa resposta. Aí temos um problema. (para adolescentes = drama; para adultos = crise.) Quando isso acontece comigo (drama - risos), eu preciso de tempo. Pra mim a simbologia é importante, então eu tento construir um ‘ritual’. Primeiro eu seguro essa dúvida, deixo ela presa, sufocada, lá no fundo e espero o momento certo. O momento certo pra mim é aquele tempo que eu posso reservar pra pensar só naquilo, sem ser interrompida. Então eu vou à praia, sozinha. (ou para algum lugar que represente aquele dilema, algum lugar que me acalme) Ás vezes eu escrevo, geralmente eu escrevo. E então eu penso. Eu penso o tempo que for necessário, mas sem me esquecer que eu não posso pensar naquilo pra sempre.

E então, quando eu encontro uma resposta eu me levanto, agradeço (a Deus, a mim, a quem quer que seja) e volto pra minha vida normalmente. O mais importante é que você precisa aceitar a resposta que você encontrou. Quando se tem uma duvida por muito tempo você se acostuma com ela, e às vezes, mesmo já tendo a resposta, continua pensando na mesma coisa. Depois que eu encontro a minha resposta, a dúvida continua aparecendo por um tempo, uns dias, e eu simplesmente escolho pensar em outra coisa. Só assim a dúvida, que é como um cachorrinho mimado, percebe que não adianta mais latir.

Ah, Bianca, então você está dizendo que as perguntas existem por um tempo definido? Não. Algumas dúvidas sempre voltam procurando novas respostas. O que eu posso, e tento, fazer é controlar o tempo que eu gasto pensando nessas perguntas.