quinta-feira, 29 de abril de 2010

"Entenda que o meu coração tem amor demais meu bem e essa é a razão do meu ciúme, ciúme de você" Por Carla Palmeira

Que sentimento é esse que rasga lentamente cada pedacinho do seu ser, sangrando em uma hemorragia sem fim e que cega, que abre os canais lacrimais, que dissemina raiva, dor, confusão mental. Já tive o desprazer de sentí-lo, de tê-lo e foram um dos piores momentos vividos, dá vontade de quebrar tudo que vem pela frente, inclusive a cara do “fulano” (risos), senti tanta dor que parecia que eu estava sendo virada pelo avesso, depois que cheguei a esse nível, parei!
- Faz mal para mim (pensei alto olhando para o meu reflexo no espelho).
Pelo menos meu casamento de sete anos rendeu excelentes frutos de aprendizado, muitos infelizmente pela dor, mais foram os mais intensos e inteiros. Foi aí que me dei conta, o ciume é bom em parte, concordo em dizer que pode ser “o tempero do amor”, quando em dose aconselhável, se não ele pode salgar de uma forma que trava na garganta e não há liquido que alivie.
Nunca fui de fazer escândalos, sempre reprimí esse sentimento, mesmo sabendo que podia torna-lo um câncer, depois comecei a trabalhar isso em mim, sentia o ciume e falava, escrevia e foi assim que fui dosando, mais antes de chegar a esse controle passei por “maus bocados”, fiz muita besteira, a inexperiência tem dessas coisas.
O ciúme deve ser tratado como um inimigo, mantenha ele longe mais em seu campo de visão, nunca nas suas costas para evitar surpresas desagradáveis e sempre poupe o outro, a insegurança é que traz o vizinho indesejado.
Confie em você!
Releve os seus medos e aprenda com os erros anteriores, somos mutáveis e o outro também...aproveite isso.

VIVA! RECOMECE!

Já estou recomeçando e você?

O Ciúme... por Alba Querino





O ciúme corrói... essa é uma verdade. É verdade por causa da experiência, não da teoria. O charme não faz parte do ciúme, mas do cuidado comigo, com o outro, com a relação. Se a gente traz esse cuidado com a relação, isso é charmoso e alimenta. Mas não o ciúme. Assim: percebo meu amado sendo assediado ou assediando. Se consigo honestamente dizer a ele que isso mexe comigo, me faz sentir a minha insegurança, perder o senso, sentir raiva porque não queria descobrir que estou insegura; tristeza por imaginar ser abandonada, passada para trás, ficar sozinha, ter meus sonhos de ‘felizes para sempre’ destruídos, e o que for mais... Se consigo trazer isso para mim e minha realidade, ao invés de jogar no outro, na outra, no mundo, me responsabilizo, confirmo ao outro o meu amor (ainda que inseguro) e me expresso. Dificilmente isso se torna uma questão de distanciamento no casal...

É bem sutil a diferença. O ciúme é jogar no outro a responsabilidade de nossos sentimentos e emoções. O cuidado é a expressão de mim mesma, tomando para mim a responsabilidade da coisa. Eu não acuso, eu me entrego. Eu não controlo, eu perco o controle desnecessário. Eu não julgo, eu me compreendo, me torno compassiva comigo mesma.

Fácil. Não. Um exercício diário.

O Veeresh, uma cara lá da Holanda, terapeuta fabuloso, criador da Humaniversity tem uma frase que é ‘You are Loveable!’. Todo o seu trabalho é em função de nos fazer acreditar, acreditar não, sentir, sentir profundamente que ‘I AM Loveable!’. E o ciúme é filho desse sentimento muito comum a todas nós: de não se sentir amável, ou amorável, numa tradução daquela frase. Sentimos ciúme porque não nos sentimos amáveis, passíveis de amor por quem realmente somos. E tudo, tudo que mais precisamos, se formos honestas de verdade, é de Amor. Simples assim: Amor. Amor, AMOOOOR.
Amor do papai, amor da mamãe, da titia, do amigo, do chefe, do filho, do marido, do namorado, do cachorrinho, do Mistério. Amor.

Um monte de coisa acontece na vida e quando a gente se vê crescida, TPM, cá estamos nós sem muita firmeza de que realmente merecemos ser amadas. Aí, surge o medo do outro não estar realmente amando esse ser não muito amável. Aí, vem a tentativa de assegurar nem que seja amarrando na cabeceira da cama, a pão e água, o objeto de nosso ‘amor’. Amarra, persegue, grita, investiga, morre por dentro, afasta...e o resto quase todo mundo já sabe...desde as mais discretas que se corroem por dentro até as mais insanas que ameaçam implodir o concreto das cidades com suas cenas de ciúme. Mas também tem as desconectadas. Essas dizem não sentir ciúmes, e não sentem. Não sentem nada. Nem o ciúme, nem o amor. Estão falsamente serenas, distantes de si mesmas e de qualquer coisa que reine entre o útero e o coração, passando pelo estômago. Possuem uma frieza estranhas essas criaturas. Aliás, não possuem.

Ah, Alba! Você está afirmando que não existem mulheres não ciumentas de verdade? Sim, existem...as mulheres que já sabem que são amáveis, loveable, como bem nos relembra o Veeresh. Aquelas que ao sentir essa insegurança vindo, subindo pela alma, sabem que isso pertence a elas mesmas e se expressam no relacionamento se responsabilizando por esse sentimento. E se elas percebem que não existe amor, mas um joguinho entre os amantes que nãos e entregam de verdade, então elas partem para outra, que na verdade é partir par si mesmas e para essa clareza de serem amoráveis. E mais importante ainda, essas mulheres sabem que o amor é completamente selvagem, dinâmico, mas isso já é assunto para outro post!

Então, para terminar, para a gente se lembrar sempre do que a gente precisa mesmo, vai uma musiquinha aí?! All we need is Love! Tudo que a gente precisa, nesse mundo, é Amor. E uma TPM sabe disso! Não é Carlinha, Maricotinha, Adriana e Bia? E...do jeitinho da gente, a gente sabe disso...

Ciúme, possessividade ou você só quer “chamar de seu”?



Com 39 anos, aprendi que quanto mais ciúme , mais você afasta a pessoa de você. Sempre existe um ranço que fica, eu sei. Só que é seu papel deixar isso de lado..porque, definitivamente, ciúme envenena!


Claro que um certo ciuminho até é charmosinho, é gostoso de ver isso. Mas controle é bom e ...ninguém tem. Em sua maioria. Conheço sim pessoas super desapegadas de tudo. “ Eu? Ciumenta? Jamais...coisa mais sem nexo”. Se você for observar pode ser que pegue essa criatura na mentira: ninguém dá a mínima bola para o seu par. BUT, se for real a coisa, o mundo dá em cima da pessoa e a criatura nem liga, eu simplesmente invejo.


Como boa escorpiana assim como meu Quindim (Mariana), sou uma ciumenta original de fábrica. Não estou falando aqui que Quindim é ciumenta...ela que tem que dizer, mas que é escorpiana, é! Há tempos luz, eu já fui possessiva de matar. Nem eu me agüentava. Acho que toda escorpiana passa por isso. O ruim é quando você deixa isso te engolir de uma forma tal que tudo se atropela e complica no seu caminho.


E como lidar? A insegurança está instaurada na sua alma? É por isso que existe o ciúme? O que é exatamente o ciúme? Eu não tenho idéia...será que vivo em insegurança? E insegurança é o quê? Falta de fé em si mesma? Ain, aí já começa a piorar e muito a situação que, no começo deste texto, era um mero ciúme...tsc, tsc. Existe um livro espírita que fala disso. Esqueci o título, lógico! Mas não estou na onda de novela nem de filme, sempre adorei o kardecismo e lembro de ter lido...


Conto com a opinião de cada uma das TPM’s e principalmente com o seu comentário. Sim, você que sempre passa por aqui...Já sabemos que ciúme não é uma coisa legal. Nem pra você que corrói tudo por dentro, nem para seu par que acaba se afastando conforme for a intensidade do seu ato louco e escandaloso de ciúme...quase um ciúme “Cher” de tão espalhafatoso!


Meninas, falem!


Adriana Favilla