sexta-feira, 14 de maio de 2010

A marca do gato na toca das TPM's - Por Alba Querino

Foto: Google imagens


Obrigada ao Kumara por ter visitado o nosso blog e até se inspirado em deixar a marca do gato em nossa toca. Foi super bem vindo pelas TPMs! E o assunto, então, nem se fala!

Bom, essa coisa que acontece entre amantes e amados é delicada, e eu não sei Dri, se realmente a posse existe desde que o mundo é mundo...cada especialista teria uma boa explicação para cada teoria imaginada, biólogos, antropólogos, historiadores, economistas, psicólogos, juristas e padres! Cada um poderia explicar direitinho como esses dois campos de força como bem diz o Ramesh, se atraem e em que dimensão isso nos toca e nos impulsiona. Na minha história pessoal de TPM que se relaciona...é um caso sério!!!! Mas eu tenho experimentado uma forma nova e como estou na fase de pesquisa de campo...estou na fase de aprendizagem!

Não penso que seja uma questão de gênero, quero ampliar, mas uma questão de energias nos relacionamentos, então, isso inclui todas as formas de relacionamentos, porque não é homem X mulher, mas masculino X feminino. Melhor dizendo, masculino e feminino. O versus poderia ser substituído pela conjunção aditiva E, como elo de ligação, de composição dessas energias.

É verdade que a harmonia duradoura, sem a ilusão de propriedade e sem a fantasia de que se não somos felizes para sempre, com tesão todos os dias e sem diferenças entre nós DOIS é porque fracassamos e a separação frustrada é a porta, é difícil de acontecer. E como.

Mas como a esperança é a última que morre, Dri, vejo luz no fim do túnel das relações amorosas...No início a gente vê e vive essa polaridade que é bem clara no sexo. O masculino que dá, age, penetra, e o feminino que recebe, acolhe, abraça dissolvendo essa força intempestiva. É da natureza do masculino e do feminino esse círculo energético que fica mais visível na relação sexual. Nos outros encontros essa complementaridade continua. Aqui é que o Ramesh entra, na parte que me importa: o aprofundamento desse encontro como forças magnéticas, como campo circular que se completa. Hummm...

É o seguinte: em minha visão, para esse encontro dar certo tem que haver uma dança dos parceiros: enquanto um está feminino, bem acolhedor, bem molengo e carinhoso, o outro está ativo, doador, portanto, masculino. Veja bem, isso não é uma questão de gênero, de ser o homem masculino porque é aquele que age, faz, toma a iniciativa; e a mulher, feminina, porque espera, é meiga e nada faz...só segue. Falo da situação circular para que a atração possa acontecer, a harmonia circular necessária para tornar dois em um, possa ser vivida. E isso é além do gênero e do sexo.

Então, com altos e baixos devidos ao nosso processo de crescimento como pessoas, de sair da dualidade, da metade em direção à totalidade, à inteireza, alternamos quando somos masculinos e quando somos femininos, atuamos ativa ou passivamente na relação de acordo com o momento, em direção à tão sonhada autonomia, independência. Bingo! Chegamos nas relações em que os parceiros não são necessários, mas são parceiros, onde o compartilhar por puro amor é o elo que liga. Creio que nesse momento a posse morre. O tempo de cada um consigo mesmo é respeitado e a gente entende a natureza indomada do amor e como podemos viver com ele, através dele, apesar dele e até, sem ele – o outro é apenas uma desculpa para a gente amar.

Há muitas funções e motivos para um casamento, um bem interessante e poucas vezes realmente presente é o amor. Olha, esse assunto é muito grande para um post só! Depois a gente vai descascando as camadas dos relacionamentos, coisinha tão bonitinha e que a gente gosta tanto...he he he!