Obrigada ao Kumara por ter visitado o nosso blog e até se inspirado em deixar a marca do gato em nossa toca. Foi super bem vindo pelas TPMs! E o assunto, então, nem se fala!
Não penso que seja uma questão de gênero, quero ampliar, mas uma questão de energias nos relacionamentos, então, isso inclui todas as formas de relacionamentos, porque não é homem X mulher, mas masculino X feminino. Melhor dizendo, masculino e feminino. O versus poderia ser substituído pela conjunção aditiva E, como elo de ligação, de composição dessas energias.
É verdade que a harmonia duradoura, sem a ilusão de propriedade e sem a fantasia de que se não somos felizes para sempre, com tesão todos os dias e sem diferenças entre nós DOIS é porque fracassamos e a separação frustrada é a porta, é difícil de acontecer. E como.
Mas como a esperança é a última que morre, Dri, vejo luz no fim do túnel das relações amorosas...No início a gente vê e vive essa polaridade que é bem clara no sexo. O masculino que dá, age, penetra, e o feminino que recebe, acolhe, abraça dissolvendo essa força intempestiva. É da natureza do masculino e do feminino esse círculo energético que fica mais visível na relação sexual. Nos outros encontros essa complementaridade continua. Aqui é que o Ramesh entra, na parte que me importa: o aprofundamento desse encontro como forças magnéticas, como campo circular que se completa. Hummm...
É o seguinte: em minha visão, para esse encontro dar certo tem que haver uma dança dos parceiros: enquanto um está feminino, bem acolhedor, bem molengo e carinhoso, o outro está ativo, doador, portanto, masculino. Veja bem, isso não é uma questão de gênero, de ser o homem masculino porque é aquele que age, faz, toma a iniciativa; e a mulher, feminina, porque espera, é meiga e nada faz...só segue. Falo da situação circular para que a atração possa acontecer, a harmonia circular necessária para tornar dois em um, possa ser vivida. E isso é além do gênero e do sexo.
Então, com altos e baixos devidos ao nosso processo de crescimento como pessoas, de sair da dualidade, da metade em direção à totalidade, à inteireza, alternamos quando somos masculinos e quando somos femininos, atuamos ativa ou passivamente na relação de acordo com o momento, em direção à tão sonhada autonomia, independência. Bingo! Chegamos nas relações em que os parceiros não são necessários, mas são parceiros, onde o compartilhar por puro amor é o elo que liga. Creio que nesse momento a posse morre. O tempo de cada um consigo mesmo é respeitado e a gente entende a natureza indomada do amor e como podemos viver com ele, através dele, apesar dele e até, sem ele – o outro é apenas uma desculpa para a gente amar.
Há muitas funções e motivos para um casamento, um bem interessante e poucas vezes realmente presente é o amor. Olha, esse assunto é muito grande para um post só! Depois a gente vai descascando as camadas dos relacionamentos, coisinha tão bonitinha e que a gente gosta tanto...he he he!