Me perdoo com a calma
eterna das mães.
Me perdoo pelas
meninices.
Pelas sandices.
Pelos senões.
Me perdoo porque
assalto a minha paz
Perturbo a doçura
Com leviandade.
Me perdoo a ira dos
animais.
Me perdoo porque a
única coisa possível
Perdoar o descabido.
Me perdoo porque já
estava escrito.
Essa trama, o meu
desconhecido.
Compassivamente me
perdoo
Se me engano com o meu
profundo.
E só assim recupero o
riso
Trago para mim o que
muito lhe digo,
Ouso desarmar o juízo
Esse inimigo mordaz.
Me perdoo na medida
Entre a compreensão e
a torcida
De me trair de novo,
mais não!
Me perdoo, porque
sinto
Que mais amor comigo
Nunca é demais.
Setembro 2010.
Por Alba Querino.
Por Alba Querino.