terça-feira, 20 de abril de 2010

Duvidas perenes tem data de validade? Por Carla Palmeira

Quando vi essa pergunta não tive dúvidas...sem trocadilhos (risos).

A resposta é não, elas nos acompanham sempre para que possamos testar as possíveis respostas, abrir as portas erradas, errar mais uma vez para ter a certeza de que tentamos.

Quando remexo o meu baú de recordações essas dúvidas pulam como se fossem aquele palhacinho insano da caixinha de presente, inicialmente um susto acompanhado de um medo e desespero que toma conta do seu corpo e logo o meu semblante muda, bate uma angústia que só um ombro amigo pode aliviar. Terapia?! Sou muito desconfiada, já tentei algumas vezes, preciso confiar para poder abrir minha vida.

Pois é Dri, lido com essas dúvidas como um livro de consulta, abro quando elas insistem e persistem na perseguição desvairada de uma mente vazia e depois do choque, paro, respiro e coloco-a diante de mim, traço as possibilidades, e continuo meu caminho, se houver solução subo as cordilheiras com menos peso, se não, uso da paciência para conviver e aceitar do jeito que está, porém sem cair na inércia.

Acredito também que tudo tem uma razão de ser, estar e existir, se as dúvidas estão aí é pela simples razão de estarmos sendo submetidas a escolhas, sejam elas boas ou ruins, isso só saberá quando o resultado vier.
Então, as minhas dúvidas, felizmente ou infelizmente, não são produtos perecíveis, sem prazos de validade.

Coelho cor de rosa cantando "My sweet lord" ou Dúvidas perenes tem data de validade? por Mariana Chetto

Não suporto expectativa. A indefinição me sufoca a tal ponto que a minha vida pode até parar. Canso de dizer a todos que para mim não há nada pior do que não saber, não ter respostas... A ansiedade em definir para poder seguir adiante é insuportável. Definitivamente não sei andar sobre caminhos obscuros, indefinidos. Tenho que saber qual é a situação, dar contornos ao meu mundo para continuar...

Então, Dri, sabe o que faço diante das dúvidas perenes, aquelas que nunca se vão?

Eu as respondo. Todas elas. E, embora estas dúvidas possam ser realmente constantes, as resposta variam de acordo com o momento ou situação. Vou explicar melhor: eu crio as respostas. Imagino, leio, escrevo até encontrar uma resposta adequada, sacou? É louco, eu sei, mas funciona comigo 100%. E quando as respostas que criei não servem mais por ‘n’ razões, eu crio outras, adequadas à nova situação...

Se coelho cor de rosa usando óculos e bota, cantando "My sweet lord" for o fim daquela angústia que não me deixa em paz, SIM, com certeza haverá um coelho em cor de rosa, de óculos e de bota cantando "My sweet lord" bem alto e bem forte para espantar todos os fantasmas.

Palhaçadas , a parte, mas a verdade é que pouco me importa se as respostas possam parecer loucas ou incoerentes. Pouco me importa se elas não têm comprovação científica. Elas podem não ter sentido para os outros mas têm pra mim e o que importa é que elas devolvem a minha paz, minha serenidade. E, em minha opinião, conservar a minha paz é o melhor que posso fazer por mim e pelos outros.

Mariana Chetto