sexta-feira, 23 de abril de 2010

Peixe morre pela boca by Adriana Favilla



Ou precisarei de bem mais que ”fisioterapia”? Esta frase foi ótima! Adorei! Quilos de risos.. Falar demais, depende muito do jeito que se vê a coisa. Eu sou bipolar demais com relação a isso. Por vezes AMO conversar, por outras “ Fora! Calado!” . Sempre são situações que não me avisam anteriormente.

Há anos luz de Darth Vader, eu falava alucinadamente. Me sentia quase um alucinógeno ambulante de tanto que falava, gesticulava e montava painéis na mente para interagir com os demais. E nesta leva, como Mari, me arrebentava no lado profissional. Falava que fulano era chato mesmo, que beltrano era falso e assim ia. A situação foi que de repente, me dei conta (em uma puxada de tapete magistral que tive) de que limites podiam ser adequadamente inseridos na minha verborragia ilimitada.

Existe aquela velho e certíssimo pensamento (quem não sei de quem é...não me exijam bibliografias mentais) : “Se a palavra é prata, o silêncio é ouro”. Imagino que a vida sempre ache um caminho de nos ensinar tudo de pertinente para nosso aprendizado terreno. E comigo não foi diferente. Falando o que vinha à cabeça, sem limites, sem freios, me puxaram o tapete e me vi no chão frio. Sem muito a quem ou como recorrer, fui me levantando aos poucos. Em pequenas passadas...e me recuperei com uma linha forte passada à agulha na metade da boca.

Metade por que? Porque sou uma pessoa que fala mesmo tudo que acha, sente e pensa...só que agora completamente “decorado”. Consigo falar “velho, você é um saco” de uma forma doce quando preciso. No âmbito profissional eu falo...aliás, estou me referindo só a ele porque na vida pessoal, so sorry! Sempre vou falar, vou berrar, vou gritar e vou falar o quê penso a amigos ou ao meu amor...da forma mais simples que eu imagine existir: by Adriana...
Então hoje, penso que falar demais pode sim nos colocar em situações complicadinhas até para sairmos depois. Só que esse tipo de aprendizado (fechar a boca sempre que necessário), não acho que as pessoas nos ensinem. Como quase tudo, precisamos aprender na real, no tranco. Se minha mãe me fala que carambola vai fazer mal para minha diabetes e eu continuo...é porque quero aprender lá na frente que carambola realmente arrebenta minha diabetes...no hospital eu vou refletir melhor.

Obs.: Eu não tenho diabetes..rsrs..Só veio este exemplo verídico à minha cabeça. Sim folks, carambola é alimento proibido para quem tem esse problema.

Adriana Favilla



Peixe morre pela boca...


Não. Este texto não é sobre o fato de que como assim um pouquinho demais, he he he.

Este texto é sobre um outro defeito - defeito?! Não, não gosto desta palavra - sobre uma outra característica minha: falar demais (será que tudo em mim é demais?!). Bom, eu, definitivamente, falo mais que, como dizia minha avó, ‘a nega do leite’.

Todo mundo que me conhece sabe disso. Todo mundo que me conhece já foi interrompido por mim, porque tenho o terrível hábito de atropelar a fala dos outros com a minha "bendita" língua. Eu juro que tento não fazer isso. Juro! Mas quando penso que estou melhorando, pombas!!! Olha eu fazendo de novo.

Não sei qual explicação para isso: será ansiedade, prepotência, carência? Sei lá. O fato é que a principal vítima da minha língua sou eu mesma.

Falo demais e por isso falo o que não devia e geralmente e obviamente isso quase sempre me coloca em situações, no mínimo, pra lá de embaraçosas, ou pior, situações que atrapalham de verdade a minha vida. Profissionalmente mesmo, aff!! Nem sei quantas vezes saí perdendo por falar demais...

Queria muito aprender a manter a minha língua dentro da boca e creio que este aprendizado passa por entender, compreender porque falo tanto, ou não? Será que basta eu continuar tentando, exercitando? Ou precisarei de bem mais que ”fisioterapia”?

Mariana Chetto