sexta-feira, 30 de abril de 2010

O ciúme lançou sua flecha negra... por Mariana Chetto


Tenho pouco a contribuir sobre este tema. Já não tenho este sentimento há algum tempo... Pelo menos não desta forma arrebatadora, tresloucada. Não que eu seja a mulher mais controlada do mundo, aliás, pela apresentação que Bia fez de mim, num dos primeiros posts deste blog (Paixão a flor da pele), seria impossível dizer que sou do tipo controlada. Sinto sim, algumas vezes, se vejo alguém cobiçar meu “rapaz companheiro” , um certo ‘pavor’ de imaginar a minha vida sem ele. Mas o medo vem, sobe até o peito e quando dá o famoso nó eu respiro fundo, e consigo fazê-lo se dissipar. Tenho plena consciência que este controle só é possível pela relação que construí, ou melhor, construímos ao longo de 16 anos de convivência.

Obvio que nem sempre foi assim. Já me descabelei, gritei, chorei e fiz todo tipo de cena. Graças a Deus, nunca em público. Quer dizer... Lembro-me de uma vez que eu empurrei uma “possível rival” no chão (risos). É isso mesmo: empurrei a coitada no chão. Por favor, me dêem um desconto: eu já tinha 19 anos, é verdade, mas era uma boba quase que completa...

Claro que posso dizer também que o ciúme faz um mal danado tanto para a ciumenta como para a relação. Creio que todo mundo sabe disso, mas infelizmente saber não ajuda em muita coisa, ou melhor, até ajuda, porque pode ser que o primeiro passo para tentar entender o porquê deste sentimento tão feroz e destruidor, seja, exatamente, saber que ele não faz bem a ninguém. Como Alba, também não acredito que nenhuma dose de ciúme seja boa. O que é bom, ainda como disse Alba é “o cuidado comigo e com a relação”. Aliás, tenho que abrir um parêntesis aqui: se você é um ciumento contumaz o texto de Alba sobre o ciúme é simplesmente IMPERDÍVEL!

Creio que não haja dúvida de que o ciúme é fruto da insegurança. E é exatamente neste ponto que meu ciúme acabou. Tenho total segurança na minha relação. Meu casamento é absolutamente morno. O que?! Morno? Que horror! - dirão alguns. Mas é esta temperatura o segredo do nosso sucesso. Morno pode significar para alguns sem graça, mas para mim é o ponto ideal. Morno não é frio, temperatura em que nada acontece; também não é quente, temperatura em que tudo dói e machuca. Morno é aconchegante, equilibrado, amoroso... FELIZ! Até porque para uma “apaixonada” como eu nada melhor que uma relação onde tudo é calmo, tranqüilo, em paz... É com meu “rapaz companheiro” que mais facilmente encontro esta sensação que é meu principal objetivo: estar em paz.