sábado, 1 de maio de 2010

Mas eu me mordo de ciúmes.... por Bianca Chetto

Aiaiai... Estou ‘na seca’ há tanto tempo que mal me lembro se sou ciumenta ou não. (Depressão básica. Hehehehe) Por isso não me culpem se esse post sair meio confuso. Posso dizer que sinto muito ciúme, mas que isso nunca atrapalhou nenhum dos meus relacionamentos... E com isso falo de todos os relacionamentos: entre amigos, família, namorados, etc.

O ciúme pra mim vem de formas diferentes: as vezes é por medo de perder... o que pra mim está classificado como o ciúme ‘saudável’. Tenho que admitir que pouquíssimas vezes senti esse ciúme ‘saudável’, pois eu acredito que ele esteja relacionado a uma relação de amor ‘de verdade’ (na falta de uma descrição menos clichê) baseada em confiança, maturidade, etc... O que eu ainda não tive. (hehehhe) Então quando eu sinto ciúme é mais por mim mesma do que pela pessoa que causa o ciúme. Vou explicar: tenho ciúme porque não quero perder o espaço que eu tenho na vida daquela pessoa (seja qual for), porque não quero que ninguém ocupe um lugar que é meu. Sinto ciúme também porque não quero que ninguém (ninguém mesmo, no mundo todo) tenha a menor duvida de que eu sou a namorada, a amiga, a filha, etc, daquela criatura ali.

É estranho ler esse último parágrafo porque eu jamais teria escrito isso há dois anos. O que mudou? Não sei. O que eu sei é que tenho a impressão de que sou mais ciumenta hoje do que era ontem, e espero que isso não signifique que amanhã serei ainda mais ciumenta do que sou agora. Acredito que o ciúme esteja diretamente relacionado com a insegurança... Não necessariamente a incerteza sobre o que o outro sente por você (porque isso é uma escolha... ou você escolhe acreditar, ou você simplesmente não acredita.), mas sim, uma incerteza sobre si mesma: Eu não sou divertida o bastante, magra o bastante, alta o bastante, talentosa o bastante, paciente o bastante, etc. “O bastante” pra quê? Ou melhor, pra quem? O grande problema é que sempre pensamos que não somos o bastante para o outro e que por isso alguém pode ser melhor pra essa pessoa do que nós somos. Mas na verdade essa sensação de ‘não-suficiência’ (acho que estou inventando palavras, tal qual Alba) é “de dentro pra dentro”, é você que não se acha o bastante pra você mesma.

Huum... Já ficou claro que eu me mordo de ciúmes, mas como isso nunca atrapalhou nenhum relacionamento meu? Controle constante. Eu tento estabelecer a causa do meu ciúme: Se estou sendo tratada com respeito, então sentir ciúme é um problema meu (natural) e que eu devo lidar com isso. Mas se eu sentir que não estou sendo respeitada, se o meu ciúme for causado por atitudes que me machucam... Aí, meu amigo, vamos ter que bater a velha ‘DR’. Tento também pensar sempre no que eu queria que fizessem comigo. Nunca aceitaria que ninguém dissesse aonde eu devo ir, com quem devo falar, como devo tratar meus amigos... E por isso não aceito fazer isso com ninguém. Eu escolho acreditar no que me dizem e escolho confiar no que eu sinto. Isso não me coloca acima do ciúme, mas me ajuda a controlá-lo.

Beijos e queijos,

Bia.