domingo, 1 de agosto de 2010

Gentileza gera gentileza..por Alba Querino



Menina, essa coisa da educação...educação, cadê, cadê? Você viu? Nem eu...

Meu ex-unido estável (rsrsrs) costumava dizer que quem dirige aqui em Salvador e em Delhi, na Índia, dirige em qualquer lugar!


Eu não sei, amiga, o que fazer com isso...costumo passar por otária no trânsito porque prezo minha pacífica velocidade de vida boa e em alfa...Raramente ando querendo que todos saiam da minha frente...na verdade, procurei unir trabalho, moradia e quase tudo que preciso bem à mão, pertinho em virtude dos eternos engarrafamentos e da loucura do trânsito em geral.

Parece arrogância nossa, né? Mas é não...é cansaço mesmo e sobressalto, as vezes...


Quanto à dobradinha casa-escola na educação dos babies, é um projeto utópico ao meu ver...Me pego observando alguns pais na escola que as crianças daqui de casa estudam, e fico viajando no comportamento dos primatas humanos...rsrsrs


Outro dia, só para dar uma idéia, fui levar os meninos à escola, não havia mais lugar para estacionar. Então, me vi sem opção de parar e descer as crianças. Que fazer? Bom, parei o carro, sem desligar, atravessando dois carros estacionados de pessoas que provavelmente tinha ido levar seus pimpolhos para a escola também...Abri a porta, peguei as mochilas, correndo para acelerar o processo e disse aos meninos para saírem. Nesse entremeio, uma das mães voltou, entrou no carro dela, temporariamente preso pelo meu, me vendo naquele movimento desesperado às 7 da manhã, e começou a reclamar feito louca, buzinar, mostrar o relógio, tudo isso enquanto eu subia com as crianças no passeio e olhava eles entrarem no portão da escola sozinhos. Nem acompanhei para não deixar o lugar. Menina, essa criatura falou tanta coisa, por causa de 5 minutos!


Só tive uma opção: olhar bem nos olhos dela, parar, e dizer: o mesmo direito que você possui de deixar as crianças em segurança na escola, eu possuo. Eu preciso de 5 minutos de sua paciência e educação para que eu não cometa nenhuma infração, e a gente possa conviver. Ela me respondeu que trabalhava, se eu sabia? Disse que não. Achei que era desocupada. Geralmente quem trabalha tem bons modos! Ficou fula da vida. Na verdade perdeu mais tempo me xingando do que esperando!


Fiquei pensando naquilo...gente, seu eu não posso parar do outro lado da rua, pois é proibido, se todas as vagas de estacionamento estão ocupadas, que fazer para deixar as crianças no horário? Não deixei o carro lá e fui passear, nem sequer saí do local, com o motor ligado, subi as mochilas no passeio e mandei os meninos irem cerca de 20 metros, apressando e olhando eles, pelo menos, entrarem no primeiro portão...e uma dona do mundo não pode compreender que as nossas crianças podem ser, inclusive, amigas e que em 5 minutos eu estaria dando espaço para ela sair??


Vocês acham que estava errada? O que vocês fariam?

E as crianças continuam repetindo os seus pais...nos atos...

Ém 200 anos. com um curso intensivo de boas maneiras, educação, tolerância, solidariedade... quem sabe...