sábado, 23 de abril de 2011

Até onde você aguenta? By Drix



Há alguns meses venho me perguntando isso: até onde eu agüento. Uma grande amiga me disse dias atrás “ Dri, você acha que é fraca? Deus meu, você é forte demais..só isso que lhe digo”.  Ela tem lá as razões dela para acreditar nisso com unhas e dentes. Acompanha a minha vida e meus problemas. Acredito nela? Acho que pode ser viu?!

A pergunta que não quer calar é esta:  Até onde você agüenta?  E esta dúvida serve para qualquer situação em sua vida, profissional, familiar, amigos e a mais comum e dolorida, relação amorosa.  Por vezes o tempo é tão imperceptível (mesmo que já tenha passado um tempo incrível) que você não nota o quanto já agüentou sem nem mesmo observar o quanto foi difícil. Em certos momentos você pára e diz para si mesma: Deus, não tenho mais forças, me ajuda...  Mas eis que você as tem sim! Somos mulheres afinal! Com ou sem TPM, com ou sem deprê pós-namoro ou pós-demissão. Somos mulheres que, indefinidamente, serão guerreiras de vida.

A força que temos, por vezes (e são muitas), são nossas desconhecidas no dia a dia. Naquela hora de depressão ou desespero interior, a situação é pensar que somos fracas, sem rumo, sem forças. E é exatamente neste momento que a erupção vem à tona. Com toda a motivação possível de que a vida é agora e está dentro de nós! Percebo, através de 40 anos de vida, que sempre chega o momento que a tal ficha da situação que vivemos, cai! Não tem jeito. Cada uma tem sua hora. Não adianta todo mundo ficar falando  “Mas você tem que reagir, não pode ficar assim”.  Não adianta! A nossa hora é nossa! Não vem “de fora”. Vem com uma força abrupta “de dentro”.  E é nesta hora que temos que nos agarrar nessa montanha russa onde o carrinho está subindo os trilhos, para sorrir com mais força ainda...

E você? Até onde agüenta?

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Diana por Drix



Diana...a minha deusa "da hora" é Diana...deusa da lua e da caça. É uma confusão de sentimentos e pensamentos: eu caço ou amo? Não, não são as mesmas pessoas, rs. Mas a vida anda tão atordoadamente atordoada, que não sei pelo quê me decido. Apesar de que no amor, já meio que decidiram por mim... Então me resta ficar olhando a lua? É...porque diferente de mim, Diana, filha de Jupiter, é completamente contrária ao amor.Podia ser conhecida também por Artemis, Hécate, mas sempre com suas flechas em punho. Mais ou menos meu período de vida por agora...armas em punho.

Nem estou querendo imitar Cau, mas Diana/Artemis/Hécate representam super bem o meu momento. Não quer dizer que depois do tsunami passar eu vá continuar me espelhando nessa deusa...acho que não! Quem sabe passo um tempo submersa em Hera? 

Vai saber...

sexta-feira, 8 de abril de 2011

E as Deusas dançam...Por Carla Palmeira

Google Imagens

Os Gregos, os Romanos e até mesmo no ocultismo a sabedoria nas palavras é pertencente nesta ligação humana com a natureza. 

Quando eu era adolescente me interessei por uma das religiões mais antiga da humanidade, a Wicca, naquele ano em que comecei a ler sobre o assunto, quase ninguém conhecia do que se tratava, me sentia como as mulheres que eram queimadas na fogueira da inquisição  quando os olhares de alguns conhecidos caiam sobre mim ao ver os livros e as orações no meu quarto.  

Nesta religião a natureza está presente em tudo e os Deuses e Deusas são a maestria desta crença. 

Quando ouvi Mariana (nossa TPM Quindim) comentar o belíssimo tema, peguei no meu ombro e disse:

- É fato! Ártemis está em mim, na minha pele, bem representada por um desenho (tattoo) que transborda significados e marcas. Sou eu em um dos momentos de mais reencontro.

Conhecida também como a Deusa da Lua Crescente, descrita como donzela possuidora da serena luz e que também é guerreira,  de traços delicados e de força imensurável, lida com seus conflitos de culpa e de amor, assim como eu e como muitas que conheço ;)

Sinto-me mudar como as fases da Lua, alguns dias mais recolhidas outros dias tão expansiva que não sobra espaço para mais ninguém (risos). 

A dança com Ártemis sempre será eterna, somente com uma diferença, infelizmente ela perdeu Órion, o seu grande amor, já que o mesmo fora morto por sua flecha em uma emboscada criada pelo irmão ciumento. 
Em um ato de amor ela solicitou a Zeus, seu pai, que o imortaliza-se como constelação. Amores vão e vem, mas para ela foi diferente, optou por rende-se a um único amor.

As Deusas e os Deuses nos rodeiam, às vezes penso que na verdade rodeamos eles e por esse motivo nos inspiramos no seu modo de ser, somos uma mistura de sentimentos e desenhos que determinam nossa personalidades, mas temos aquele Deus ou aquela Deusa ao qual nos reportamos e que passamos a ser reflexo, é realmente uma dança de passos compassado marcada por alguns deslizes dependendo da hora em que se muda o ritmo.

Danço com Ártemis desde que me descobri como tal Deusa. 
E vocês? Nesta festa quem é o seu reflexo?
  








E as Deusas dançam...



Eu sempre curti mitologia e as deusas fazem parte de mim desde muito. Bom, tem umas mais e outras menos...mas elas dançam, dançam e vão me guiando nos momentos de transição na minha vida. 

Desde o ano passado estou com Afrodite em uma dança, vamos dizer assim, envolvente! Dançando e cantando, bordando, apaixonando, poetando...Estou Sereia cantante, Penélope Charmosa, Betty Boop total! Mas costumo chamar as minhas outras amigas para me ajudar no equilíbrio do Eros...senão, a moça é meio incendiária!!!! 

Eu adoro reunir com as mulheres (olha Ártemis aí, gente!) e de tempos em tempos rolam esses encontros de trabalho que são muito nutritivos, amorosos e reveladores...Aí, eu fico meio que falando a língua dos deuses. 

Em julho, eu e Márcia Maria abriremos um novo grupo de mulheres para celebrarmos o feminino. É sempre assim, elas começam a dançar na gente, aí abrimos um grupo e vamos dançar com outras mulheres. 

Mas esse não é um mundo só das mulheres, não! Os homens ficam super curiosos para saber o que está rolando na Tenda Lunar. Além de ser uma brincadeira muito boa encontrar um rapaz que reconhece uma deusa, imagine um rapaz que sabe dos seus deuses e admira as deusas...Hummmm...Essas últimas palavras aqui já são da Sra. Afrodite...Ô, moça espaçosa, viu?! 

Presente das TPMs: uma Oração às Deusas. 
Aproveitem e façam seus pedidos, é mágico!! 

Quando a gente precisar de uma mãozinha das deusas, nossas partes que nos tornam inteira, vale pedir a cada uma delas o que vocês nesse momento gostariam, o que está faltando, que ajudaria como solução. Afinal, somos todas deusas! 


E aí, meninas, qual a deusa da hora? Moços que lêem as TPMs, quais os seus deuses? TPMs enamoradas quem vos acompanha?

Alba Venusiana.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Desistências... Por Mariana Chetto


Porque desistir é tão difícil?

Será porque esta palavra, no nosso universo, sempre esteve relacionada à fraqueza, fracasso? Ou será que é porque desistir é abandonar o controle?

Fraqueza. Fracasso. Não. Desistir nem sempre é isso. E sim. É sempre abandonar o controle (se você acredita que está no controle...). Como muito bem disse Alba, desistir pode ser entregar... No melhor dos seus sentidos. E para isso, amigos é preciso ser muito forte e corajoso.

Hoje coincidentemente (será?) li um texto em um blog que gosto muito: Mafalda Crescida . O texto era sobre sonhos recorrentes e a autora, Karina Cabral, descreveu um dos seus: "... estou em uma jornada, em um rali, em uma saga, não importa – qualquer coisa que demande muito esforço... Passo por várias provas... vou me cansando e não sei onde vou chegar, mas acabo vencendo cada etapa. De repente, me vejo diante de um abismo. E, quando vou cair nele, aparece uma corda para eu segurar... Quanto mais ando na corda, mais vejo que ela não acaba… Fica mais longa e mais áspera, machucando as minhas mãos e me desestimulando. Olho para o abismo, ele parece fundo, escuro e assustador. Mas persisto e vou segurando na corda. Segurando, segurando, segurando… Com muita força. Penso que não posso soltar, não depois de tudo que passei até ali; não posso desistir, cair e morrer, o tombo seria irrecuperável. Mas chega uma hora que não aguento mais e decido (note bem, decido) soltar a corda. Só que, ao cair, vejo que aquele abismo era uma ilusão; e que na verdade, estou a menos de um metro de um chão...”

O trecho acima é uma ilustração quase perfeita desta situação. Só faria um correção: o abismo não é ilusão. O abismo é real. Estar livre na imensidão é a realidade de cada um de nós. A corda é que é ilusão. Porque a corda é o controle, é a ilusão de que dependemos dela, precisamos dela... A corda definitivamente é ilusão...

Quantas e quantas vezes nos vemos numa situação extremamente dolorosa e sofrida, não só para nós, mas para todos os envolvidos, e simplesmente não conseguimos largar a corda? É medo, medo e medo. Medo do novo, medo do desconhecido, medo da escuridão. Medo de não estar mais no controle (a gente realmente acredita que está no comando, né?). O incrível é que quando largamos a corda, quando decidimos desistir e nos entregamos ao “Desconhecido” constatamos que o “abismo” nunca é o que parece...

Eu sei o quanto é difícil desistir... E sei disso porque eu vivi isso na mais difícil das situações. Eu desisti de um filho... Desistir de um filho?! Terrível se você pensar em desistir como fracasso e fraqueza, mas eu não fracassei com meu filho. Tenho certeza disso. Eu o amei (e amo). Estive ao seu lado até o fim, com toda intensidade que o amor maternal pode permitir. Eu tinha fé em sua vida. Eu acreditava que era pra sempre e nunca o abandonei, nem no último segundo. Eu disse sim a aquela vida todos os dias. Embora, eu sequer, entendesse o significado ( e só agora compreendo...). Nós tentamos tudo. Eu tinha a “certeza do dever cumprido, do amor carinhosamente dado”.* Não, eu não desisti no sentido que costumamos dar a esta palavra. Eu entreguei ao Desconhecido, ao Mistério ou simplesmente, como a maioria das pessoas chamam, a Deus. Não foi nada fácil. Nunca é fácil perceber que tudo tem um fim... Não que o fim seja o fim, mas é sempre um adeus e dar adeus a um filho é a mais difícil das desistências...

Mas foi preciso me jogar no abismo, na escuridão. E no fim de tudo, recomeçar. Não por que eu desejava, mas porque não há outra opção... Porque no fim de tudo sempre há o (re)começo. Por que a vida é uma espiral rumo ao Infinito...

*Palavras de Alba em um texto (Quando uma lua se põe, um grande sol renasce) que ela me presenteou a muito tempo atrás...

Desistências por Bianca Chetto

Entendo a desistência que você fala como uma espécie de desapego. E sinceramente, acho que desistir, nesse sentido, é por muitas vezes a chave para se manter saudável. Acho bem mais difícil do que continuar tentando, desistir. Acho incrivelmente difícil principalmente por que “todo mundo” nos ensina que é errado desistir. E assim a desistência fica automaticamente, inconscientemente, relacionada à falta de coragem, a falta de vontade, “a falta de”.

É por isso que eu acho que a gente devia mandar “todo mundo” a merda com mais freqüência. Tanta coisa seria mais fácil se a gente pudesse mandar as pessoas a merda sem que elas se ofendessem, rs. Ok, esse é outro tema. Tanta coisa seria mais fácil se a gente tivesse a coragem de desistir com mais freqüência. As vezes tenho a impressão de que estou sempre insistindo em erros viciantes: hábitos que nos trazem pequenos prazeres, ou grande prazer por pouco tempo. E dessa forma, sempre desistindo das coisas que poderiam me trazer felicidade, se ao menos eu parasse de insistir nesses outros hábitos. Rs, talvez isso tenha ficado mais confuso do que deveria...
 
A verdade é que saber desistir é complicado. É muito difícil definir o que deixar de lado e quando. Principalmente o quando. É nessa parte que eu sempre me assusto. E se eu estiver desistindo cedo de mais? E se ainda tiver jeito? E se eu ainda puder concertar? E se ainda for possível ser feliz assim? E se eu ainda puder agüentar um pouco mais?

E, com a mesma intensidade, o meu outro eu não demora a indagar: Até quando? Até quando você vai esperar? Tentar até quando? Qual é o limite? Por quanto tempo se insiste em um caminho até se dar conta de que se escolheu o caminho errado? Existe um caminho certo? Rs. E então, se minha mente estiver clara, dou risada no final. Um riso íntimo, de mim pra mim. E é nessas horas, acredite não são muitas, que me sinto um pouquinho mais tranqüila.

Pois é nessas horas que percebo que não tem muito jeito a dar. Que vou estar sempre fazendo as mesmas perguntas. E que as respostas vão mudar todos os dias. E assim, aceito, mais uma vez, essas coisas que eu simplesmente não posso mudar. Desistir? Ah, eu bem queria. Mas como eu queria também continuar tentando. Rsrsrs Como não rir dessa minha situação?

Fico assim tentando desistir. E ao mesmo tempo não desistindo. Ou melhor, desisti sim. De escolher se eu quero ou não continuar tentando. (vcs estão entendendo alguma coisa, por que eu já nem sei mais... ) Vou indo. Indo. “Deixando acontecer”. Juntando minhas forças, me protegendo, me preparando... por que no fundo eu sei que o limite existe sim. And whether I shall cross this line or walk back from it, I know I must be sane and strong to push the sky or bend at its peak.


Ps.: Sorry Drix, sei que não te ajudei nadinha. rs