domingo, 13 de junho de 2010

Dias dos namorados...Ops! Noite dos namorados. - Por Alba Querino

Foto: Google Imagens

Esses dias, falando sobre o tal dia dos namorados e suas obrigações naturais comerciais, um amigo, conversando durante um cafezinho comigo, me fez a seguinte revelação: estava querendo fugir do dia 12, estava querendo fugir do casamento de 23 anos.

Mas o assunto aqui não é o casamento. É o namoro!

Pois bem, ele anda querendo namorar. Preferencialmente com a mulher dele, ou, se não der, seja lá...Não vou questionar meu amigo no quesito correção, caráter, bla bla bla. Não acredito em pensamentos em preto e branco, mas em diversos tons de cinza, relatividade e subjetividade. Cada caso é um caso. Cada um sabe a dor e a delícia de ser quem se é...

O fato é que ele anda assustado com o que ele chama de desencontro total entre as mulheres e os homens. E no dia dos namorados isso fica mais claro ainda na solidão de quem está sozinho e de quem (pasmem!) anda acompanhado. Ele se queixa do imediatismo dos encontros. De não saber o que esperam as mulheres deles, homens. De como andamos, tão autossuficientes e masculinas na abordagem que, acaba o tesão. E que nós reclamamos de como eles estão e de como estamos insatisfeitas.

Tudo bem, também concordo que o meu amigo está um tanto desanimado, vazio de sentido na vida sentimental dele. Mas não posso deixar de perceber um pouco a verdade do que ele diz.

Nós quase não namoramos mais, gente!

Namoramos, do verbo namorar, beijar, abraçar, sonhar, olhar nos olhos e se perder. Devanear, ter música tema. Passear na orla, fazer poesia, cantar pro outro. E nem venham me dizer que isso é coisa de adolescente, porque nem os adolescentes andam fazendo mais esse tipo de coisa...É verdade, está tudo muito rápido, muito sem mistério no antes. Está tudo muito desacreditado no durante (casar, não casar?). E está tudo muito morno no depois (pra desistir da parceria basta um estalar de dedos e ele/ela não serve mais, não é quem se queria).

Sexo é muiiito bom, mas não é namoro.

Casamento é muito gostoso e acolhedor, mas não é namoro em si (é bom que se reinvente o namoro no casamento).

Amizade é eterna, mas não é namoro.

Flerte, ficar são dez, mas não são "namoros".

Hoje, antes de sair com o(a) gato(a) (marido, ficante, namorado, colorido, companheiro, e todas as outras denominações possíveis, uma vez que toda forma de amor vale a pena), saia com seu namorado!! Ou fique em casa com o namorado! Porque melhor que restaurante, motel, brilhantes, Vila Galé, é namorar bem romântico e apaixonado, e isso toda mulher, a mais durona delas, gosta e se derrete.

Meninas e aí? Algo a dizer para o garoto sobre nós?

ps: Não, não dá para identificar quem é ele.

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