segunda-feira, 18 de julho de 2011

O Pássaro de Fogo pousa na mão de Hefestos.


A Hefestos Velloni, que amorosamente viu o pássaro de fogo...

Você que foi a porta da coragem que a Mulher encontrou para se despir, se revelar e se saber...

Hefestos que soube esperar que os mistérios dos segredos se mostrassem e entre risos e lágrimas, as confidências recíprocas fizeram conhecer o amor amigo que um homem pode dar. Amor amigo, amigo amante, espelho das verdades sutis e tão íntimas. 

Hefestos, você é aquele homem em quem a beleza do sentimento fez morada. Um homem sábio na sua virilidade já domada. Já conhecida, e que a partilha com mais encanto ainda. 

A Mulher pensou em fazer um poema dos dois, mas tudo que vinha, vinha em prosa, sem rima, sem verso. É que a poesia mostrou seu encanto não nas palavras, mas na respiração...Saber que Hefestos está aí para escutar os derramamentos de sentimentos faz um bem à Mulher Sagrada...Apenas permanecer presente e guardar os segredos, as inseguranças...Ensinou a marcar encontros com o Homem tão adorável, tão necessário, tão sedutor, tão desejado...Ensinou como toalhas molhadas, vídeo games, cerveja, amigos e futebol, são sorrisos; como o sexo do meio da noite sem preliminar quase nenhuma é cuidado; como a preguiça fenomenal de pegar a colher para mexer o suco, a teimosia do 'eu estou certo' e os rompantes de dureza que fazem parte da natureza masculina na sua potência, são pequenos diante da grandeza do olhar admirado, do peito amoroso, da confiança e da entrega. Como viver sem os abraços, sem a solução pronta e racional pros problemas mais simples e mais complexos? Sem o ronco, sem a surpresa no banho...sem a doçura das más intenções? Amigo amado Hefestos, o ouro que uma Mulher pode desejar...

Você esteve muito perto desse coração tão selvagem, dessa ternura e dessa meninice escondida. E a Mulher reverencia a sua chegada, porque se sentiu amada de um jeito muito manso e muito natural.

Você esteve perto, tão perto do centro dessa noite escura, esteve tão fundo nessas águas que nem movimento possuem...Esteve onde a Mulher primitiva anda nua e tece seu destino. Você, amigo Hefestos, amante do amanhecer, sem palavras e sem gestos, fez nascer a Mulher consciente mais bela, mais pura, mais real.

E ela te ama tanto, mas não com esse amor comum que todos conhecem, ela te ama com o amor da cumplicidade dos amantes mudos. E te leva consigo sempre e o seu maior presente, tê-la compreendido Mulher em seus olhos e em seu coração. Uma mulher mansa e fêmea. Mente e menina. Pura e ferida. Uma mulher-brisa, mulher-beleza, mulher de seios e de carências...uma Mulher.

Ela te ama tanto,  amigo amado, que o barulhinho bom das águas do amor é só seu e é sagrado, viu? Ouça, a cantiga de ninar... 

Ela te levará consigo sempre, como o seu poeta-namorado. 
Hefestos, esse amor amigo.




Por Alba Querino.



Um comentário:

Anônimo disse...

De repente me veio uma saudade desta história. História calma e quente que preencheu meu coração num momento singular de minha vida. Um pouco de vergonha de não atendido um último pedido de conversa, mas necessário medo de não resistir aos encantos de um encontro tão especial, tão singular. Nunca tinha agradecido pela história contada de um modo tão especial, tão sincero e tão puro em sentimentos mútuos.

Obrigado Alba.

Hefestos