quinta-feira, 6 de maio de 2010

Jogue as migalhas no abismo e voe o seu vôo mais belo ou Não aceite migalhas na vida por Alba Querino


Um post incômodo merece um título impactante. Foi assim que li o post de Carlinha dessa semana no coração das TPMs. Um impacto.

Depois da sessão das ciumentas avassaladoras e das mulheres loveable, essa continuidade visceral, abismal e muito, muito presente no mundo das TPMs de todos os lugares do mundo...Migalhas...já falei pras meninas lá nos bastidores desse blog (que vocês ainda vão ter a delícia de conhecer o nosso mundo por trás da tela; a tal da vida alheia, nesse caso a vida das TPMs que vos falam, escrevem, sentem choram, grunhem – sim, elas grunhem também – riem, e fundamentalmente, amam), e agora confesso a vocês, eu matuto os posts. Eles ficam rodopiando em algum lugar dentro de mim, rodopiam, incomodam, dançam até sair...Nesse momento as migalhas estão ainda como borboletas no estômago, e é por isso que estou enrolando nesse texto...mas não escreverei em migalhas. Claro que não!

Pois bem...o que são migalhas? O que é receber em migalhas?
A dança das borboletas recomeça...Matuto, matuto...

Olha, eu não sei muito a respeito das migalhas porque descobri que não aceito migalhas. Ponto. Seguimento. E é exatamente porque não aceito migalhas que me chamam de Sra. Intensa. Ou tia Alba alegre, como uma vez Bia TPM daqui, me chamou do alto de seus três aninhos. Ou General, uma vez; ou A que sabe dizer não, para Vanessinha. Ou útero por Claudinha, regida pelo princípio do prazer...Entre tantos outros codinomes que eu lhes pareça ser. Vejam bem: lhes pareça ser, não necessariamente que eu seja.

Dar e receber precisa de verdade e vontade. Desejo. Isso no universo Upchariano ou Albanense significa intensidade. Movimento em direção a. Paixão, entusiasmo, transparência.
Nesse contexto está tudo incluído, amor, trabalho, sexo, família, filhos, divertimento, espiritualidade, pensamento, sentimento. É difícil ser em tons pastéis. E migalhas me lembram um bocadinho, essa corzinha, esse amorzinho, aquele prazerzinho, essa comidinha...Tudo muito mediano...

Concordo Carla, não levem para casa migalhas. O finalzinho. O meio copo vazio. Leve tudo. Dê tudo. Beba tudo até a última gota. Isso não significa ausência de leveza, de doçura, de beleza. Hum-hum. Tudo pode ser belo, doce e suave na inteireza que a gente vivencia. Tudo pode ser levemente sugerido, doado. Poder bem águia...

Por outro lado, me vem bem claramente que a dosagem é muito individual, logo o que é migalha para mim pode ser completamente over para você. E aí? Aí, tudo bem. Não tem problema algum. Até porque quantificar a migalha seria um erro fatal. Onde, na seara do humano, se pode quantificar alguma coisa? Tornar em números o ser?

Qualificar é a chave da migalha. Tornar-se o motor da sua própria vida. Eu quero isso? Você gosta assim? Isso me expande, me alimenta, te nutre? Sendo honestos consigo mesmos chegamos claramente (nem sempre sem dor) a saber visceralmente se estamos aceitando as tais migalhas. E como já ia saltando lá em cima em palavras, as migalhas estão intimamente relacionadas à equação dar e receber. Se eu ando recebendo muitas migalhinhas, vejo se não ando dando bem pouquinho...A relação é diretamente proporcional. Não é só o outro que me oferece pouco. Eu também me dou pouco. Ou dou pouco ao outro. Está tudo interligado.

Pois então, se quer amar, ame. Se quer dançar, dance. Se sentir, sinta. Se beijar, beije. Se escrever, escreva! No momento, no instante, sem pensar muito, sem fugir do efeito que é se posicionar diante de si e da vida. O resto são migalhas, migalhas de pão na praça para os pássaros, para os peixinhos da lagoa, para achar o caminho de volta. Migalhas também nos ajudam a aprender a dar e receber.

6 comentários:

Drix disse...

Acho massa como você mergulha (sem escafandro) nos temas propostos! Massa! E me dou o direito de discordar aqui...em parte! Alba, por vezes nos damos tanto, nos doamos tão intensamente e MESMO assim recebemos migalhas. E burras que por vezes, nos deixamos ser, achamos lindo, ótimo, maravilhoso isso! Para quê mais? Já temos as nossas migalhas....Mas discordo tanto de quem passa por isso. Porque quem passa, o faz porque quer. As pessoas dão o que podem...então o outro dá o que pode e acha válido...se você aceita, aí já é um problema seu...

Nossa...dava outro post hein? heheheh...Mas ADOREI seu texto..mesmo!

Alba Querino disse...

Menina, eu agorinha comentei o seu...sem saber que você andou por aqui...acredite!
Hum...ok...vale discordar, e dava outro post, sim...então a minha réplica deixa pro outro post...rsrs
Thank you very much e a Carla também que nos propôs! É, os bastidores estão rolando...

Giovana disse...

Alba, é verdade. Desde menina vc nunca aceitou migalhas. Sempre soube o que quis e aceitou todas dores de batalhar por isto. Tenho muito orgulho de ser sua amiga.
bj,

Alba Querino disse...

Oi, oi eu estou ficando bem metidinha...rsrsrs
As declarações de Jô estão chegando aqui...Você sabe que é minha amiga. Desde sempre. Aliás, somos irmãs, por isso ficamos tão bem todas juntas...ai não posso dar curto no meu lap chorando...rsrsrs
beijo Jo e obrigada.

Ricardo Sena disse...

Fique com receio de entrar em um blog com nome desses... mas foi uma delicia ler os textos que postaram.

Salve, Salve as mulheres TPM.

Alba Querino disse...

(Risos, muitos risos) Seja bem vindo, Ricardo. Tenha medo nao...TPM = ternas, polivalentes e modernas...mas a gente tá se despindo para ser entendida por quem entra e por nós mesmas! ;)
Volte sempre e opine!!