quinta-feira, 13 de maio de 2010

Um gato na toca das Lobas TPM´s - Por Carla Palmeira

Foto: Google imagens

Acredito que tive um pouco de dificuldade de entender a essência do texto, pode ser que tenha faltado foco em meio a tantas atividades exercidas, mas confesso que essas palavras mexeram muito comigo, reacendeu fatos vividos, tive que ler e reler três vezes e calmamente (risos).
Comecei a divagar, imaginando a conversa dessa mulher com o marido e filho, pedindo um tempo para ela. Entendo que no convívio de uma relação perdemos um pouco da individualidade e isso é normal. O ser humano tem esse sentimento de posse intrínseco, porém conseguimos a proeza de sermos compreensíveis, vale a ressalva de que somente às vezes compreendemos. Depois realizei em minhas fantasias se ela, ao invés de tirar esse tempo para reclusão, saísse de casa para um outro relacionamento, por mais que aqui estejamos discutindo o sentimento de posse, são situações completamente diferentes em nível de compreensão do outro.
Acredito que não seja impossível entender que todo amor dado a outra pessoa, todo o carinho, poderá um dia não ser mais suficiente para ele e que tê-lo infeliz ao seu lado e aceitá-lo feliz com outra pessoa seria o nível máximo de um ser perfeito.
Agora retorno a minha experiência, há mais ou menos dois anos eu me divorciei. Cheguei ao ponto em que o que eu sentia havia mudado e que nosso elo era somente o filho gerado, para mim coloquei um ponto final, "the end", sabe?! Não engatei nenhum relacionamento, não havia me interessado por ninguém, decidi estar só, coração ferido e em cicatrização e mesmo assim ele alimenta uma raiva gigante, como se seu mundo houvesse desmoronado, e digo com propriedade das palavras, isso não ocorreu! Quando se tem o trabalho que deseja, quando se tem a ascensão social que almeja, quando se tem uma companhia e quando se consegue sobreviver sem dificuldades, falta o que? Falta passar a borracha na parte da história que a mulher decide ir embora? Ainda não cheguei nesse nível de sabedoria para enxergar o que passa em seu mundo e infelizmente sou atingida por isso. (história para o próximo capítulo)
Posses, posses... o ser humano tem esse sentimento enraizado. Eu não pertenço a você assim como você não pertence a mim e isso é controlável, tenha para você e não transfira para o outro, casais sobrevivem com isso diariamemente, porém, viramos os holofotes para aqueles que não conseguem sobreviver, ainda tenho esperança de que chegaremos a esse nível.
Óculos cor de rosa para todos...

2 comentários:

Drix disse...

Engraçado, você sempre comenta do tal par de óculos rosa. Sabe que desacredito piamente deles? Talvez veja a vida, a estrada, o caminho por óculos transparentes. Sem cor...de acordo com o quê vai acontecendo, a cor vai aparecendo. Me fiz compreender?

Nem para este sentimento de posse, de desacerto no convívio, de "preciso de tempo", nem para isso consigo visualizar o rosa do óculos!

That's it...

Carla Palmeira disse...

hunf! Se quiser podemos trocar um pouco, preciso ver a vida também nas transparências de sua lente =).

beijocas Miguxa Drix