quinta-feira, 31 de março de 2011

Desistências... Por Alba



Desistir...

Para mim uma coisa difícil...às vezes penso que sou perseverante, às vezes teimosa. Contudo, Drix, eu acho de uma tremenda sabedoria saber desistir. Porque desistir pode ser se entregar. Se entregar para a vida, para aquilo que é. Saber que na verdade não mandamos nada, não fazemos nada, o tal do Mistério é que nos joga em tudo e... mexemos no tabuleiro com as peças, mas o jogo mesmo, é Algo mais que não sabemos muito bem onde fica o botão do STOP e do START. A gente navega num Oceano misterioso, o lance é pegar a onda... Para pegar a onda e chegar na praia bonitinho, só seguindo o coração, a bússola mais certa. Aviso: essa bússola nem sempre aponta o Norte. Ela pode mudar a direção. Ela é um instrumento afinado, porém imprevisível e não respeita a Geografia nem a Matemática!

Vivemos numas de fazer, fazer, controlar, arranjar, explicar, justificar...Desistir pode ser aquiescer com o momento presente. É preciso muita coragem. Tanto quanto a sua coragem de enfrentar os medos. Outra beleza. Ir ver, no âmago, qual é a boa...E perder o medo de querer as coisas para sempre, então?! Ao invés de lutar para manter tudo na linha do tempo, a eternidade horizontal. Ter a coragem de viver além dele, e permitir as coisas durarem e serem eternas fora dele, na vertical. Totalmente, intensamente. Se não sucumbo à minha intensidade, eu vivo sempre pela metade. Intensidade de persistir e intensidade de desistir.

É, às vezes desistimos, não por falta de amor, desejo, qualquer coisa, mas por cansaço...por não saber como refazer. Como se houvesse erro em ter sido como foi. E eu acredito que o único erro possível é não aceitar a nossa incongruência, o nosso ser sem sentido, ser inadequado.

O seu texto foi a primeira coisa que li nessa manhã, em que acordei tentada a desistir. Sentindo a ambivalência da desistência...depois li um texto do Osho que fala sobre as nossas positividades e negatividades nos relacionamentos (amorosos). 
Eu não vou tomar qualquer atitude, nesse momento, não estou boa de tomar atitudes esses dias...rsrsrs Vou apenas me envolver com essa sensação, esse seu tema tão pertinente e profundo, sentir. No momento certo, que só a Vida sabe, algo acontece e eu responderei prontamente. Afinal, aqui neste planeta, nada fica parado. A lei é que tudo muda...

Mas eu sinto, hoje, junto com você. Uma Drix existencial.


ps: Quando o chicote voltar, acho que devemos tomar uns drinks, nós todas, e surgiu uma ideia na minha mente...rsrsrs Vamos nos travestir umas das outras (literalmente)? Cada uma provar o estilo de ser da outra por um dia e contar aqui como foi ser uma tpm diferente...rsrsrs Acho que seria wonderful!

Por Alba Querino.

2 comentários:

Mariana Chetto disse...

E precisa dizer? Amei!

Drix disse...

Como sempre Albita profunda...reli 3 vezes. Não porque não entendi, mas porque precisava energizar minha mente com as palavras... sem mais...momento introspectivo MESMO! =)