segunda-feira, 31 de maio de 2010

A Felicidade alheia incomoda...- Por Alba Querino



Uma triste constatação essa...

Por que?
Porque ser feliz é uma decisão muito difícil. Bem mais difícil que ser infeliz.

A infelicidade traz peninha, justificativa, complacência, concessões e um desagradável nivelamento por baixo...Uma pessoa infeliz possui uma licença nada poética para continuar reclamando, estacionada na ingratidão da vida.

Se você tiver a coragem de ser feliz, completamente feliz, imensamente feliz, além e apesar disso tudo que há...corre o risco de ser confundida com uma criatura egoísta, arrogante e exibicionista...Ai que ódio de você (pensariam, sentiriam, mas quase não falariam, os invejosos de plantão)!

Inveja, ira, cobiça...

A voracidade de quase todos os sete pecados capitais mora nesse olhar incomodado da sua pretensão em ser colibri. Mais tranqüilo ser abutre, né? Mais tranqüilo ainda não falar disso tudo tão real, não é mesmo?!

O ponto central não são os pecados que escorrem soltos aqui, mas a decisão de ser plenamente feliz! A ousadia de ser feliz, simples assim.

Quando a felicidade alheia está incomodando, está faltando foco. Foco em si mesmo.

Observe: os plenamente felizes estão esquecidos dos outros. No melhor dos sentidos, não se lembram dos vizinhos, dos maiores e nem dos menores. Os imensamente felizes não comparam. Não se comparam. Estão focados em ser felizes. Não que eles sejam egocêntricos, umbigos do mundo. Eles, os verdadeiramente felizes, são muito amorosos, solidários, atenciosos e entusiasmados. Mas não perdem o foco de buscar sem abrir mão um milímetro daquilo que os deixa apaixonadamente felizes.

Como diz o ditado popular: os incomodados que se mudem! Mudem de visão, mudem de lugar, mudem de perspectiva, e principalmente, mudem o foco para si mesmo, mudem de opinião sobre si.

Agora, só resta descobrir o que seja a felicidade plena. Não, não, ela não é uma felicidade comprada...Como é ser plenamente, absurdamente, hilariamente feliz para você?

Para nós, um grupo de mulheres rindo relaxadamente e balançando as suas barrigas ao som da sua alegria, é um momento de felicidade plena. Um êxtase!

Os humanamente felizes querem que os incomodados também façam parte disso, porque a felicidade solitária não é felicidade real. E um mundo de paz e felicidade só é possível se decidimos ser felizes em nossa individual vontade.

2 comentários:

Mariana Chetto disse...

Amo sua coragem de dizer verdades totais, mas com total compaixão...
Como sempre, seu texto é... Isso, seu texto é.

Bia disse...

Extraordinário. :)